quinta-feira, 30 de julho de 2015

Joana leu: A fada, de Carolina Munhóz

Joana leu: A fada, de Carolina Munhóz
A fada
Carolina Munhóz
256 páginas
editora Fantasy Casa da Palavra
"Alguns jovens ganham presentes caros, passagens aéreas ou festas surpresas em seus aniversários de 18 anos. Melanie Aine ganhou o falecimento do pai, uma estranha tatuagem e a descoberta de que não era um ser humano. Como se tudo isso não fosse suficiente, Melanie ainda descobriu por detrás da enevoada e mística cidade de Londres um mundo fantástico que até poderia ignorar, se não descobrisse ser parte importante dele. Um legado que traz com ele diversas tragédias e problemas pessoais que ela não espera se adaptar, mas não sabe se terá opção. A única parte recompensadora parece ser seu encontro com um homem misterioso, oriundo de uma família bruxa poderosa, cuja relação caminha em uma linha bamba e tênue que separa afeto e fúria. Um afeto que pode levá-la à transcendência e à vida eterna. Uma fúria que pode conduzí-la à morte e ao esquecimento. Dentre muitos feitiços, lutas, criaturas mágicas e eventos sobrenaturais, 'A fada' é uma história de descobertas e superações, sobre como o amor pode fazer várias pessoas redescobrirem a vida e a magia nela." 

Esse foi o primeiro livro escrito por Carolina Munhóz, e ela era bastante jovem quando o fez. Isso fica bastante evidente durante a leitura; apesar de a estória ser consistente e possuir uma boa trama, ela é meio infantil, e até a linguagem usada pela autora contribui para essa condição.

No dia em que completou 18 anos, a jovem Melanie Aine ganhou uma tatuagem misteriosa, e perdeu seu pai de repente, ficando sozinha no mundo, já que sua mãe tinha ido embora. Morando em Londres, isolada de quase todos, exceto de um casal amigo dono de um pub, Mel passa seus dias lamentando suas perdas e tentando entender porque é diferente. Ela sabe que tem uma missão, mas ainda não descobriu qual.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Cinematura - Cidades de Papel

Cinematura - Cidades de Papel
"Cidades de Papel" foi o segundo livro que li do John Green, depois de todo aquele frisson por causa de "A Culpa é das Estrelas". Acho que esse foi o caminho de muita gente. Depois de ter lido boa parte da obra do John Green, eu acho que além de ter sido o segundo livro dele que fui conferir, também acho que é o segundo melhor livro da obra. Mas a verdade é que quando eu estava lendo não gostei tanto, um resultado da grande expectativa depois de ter me derretido com a história de Gus e Hazel Grace. E daí, eu precisei de um longa metragem pra perceber o quanto é uma história incrível. 
O livro conta a história de Quentin e seu mistério - que ele gosta de chamar de milagre - chamado Margo Roth Spielgeman. Quentin é um garoto comum, que ainda na infância vira amigo de Margo e nutre uma paixão secreta pela garota. Com o tempo os dois acabam de afastando, mas o sentimento de Quentin só cresce por ela. Uma bela noite, Margo entra no quarto dele e o chama para uma aventura, até que ela desaparece. Depois desta noite as coisas mudam pra ele e somos levados de algo que prometia ser apenas um romance, para uma história cheia de mistérios e de redescobrimento. 
Quem acompanha um pouco dos meus textos aqui no blog, sabe muito bem que não dispenso nenhuma jornada extraordinária, mesmo quando essa virada esteja nas coisas mais simples. Aqui, no caso, Quentin precisava se desvencilhar de suas próprias regras e da idealização que ele fazia da Margo. Pra ele, ela não era alguém que sentia, que sofria, que também tinha seus dramas, mas uma pessoa acima de tudo. E talvez, essa seja uma das lições de John a seus leitores: as pessoas não são o que queremos que elas sejam. E isso não significa que seja ruim.

Mas tudo isso eu não havia parado pra pensar até ir ao cinema, conferir a segunda adaptação de John Green para o cinema. Quando eu li, estava achando a história meio arrastada. Na verdade, o problema era eu. Apesar das pequenas diferenças no roteiro em relação a história original - o que é completamente esperado quando falamos de adaptação - traz tudo do livro. Acho que a versão resumida e as escolhas bem feitas do elenco fez com o que a história fizesse ainda mais sentido pra mim. É ter uma passagem rápida por uma jornada longa pra te fazer entender a mensagem.

Apesar de tudo, essa não é uma adaptação que foge da regra, em que o filme é melhor que o livro. Pra mim, a história original ainda é melhor, mas foi como se as duas versões se complementassem, como se um não existisse sem outro. Eu adoro como o John Green consegue  colocar sua identidade nerd aos romances, com mistérios e curiosidades, e ainda assim, ser uma história comovente, sobre pessoas, sobre sentimentos. Uma coisa que o cinema não consegue substituir. 


Sandy Quintans
@sandyquintans

Cinematura é uma coluna que eu criei pra comentar adaptações de livros para o cinema, uma das minhas obsessões diversões. Para ver mais edições, clique aqui

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Bazar Clube das Pinups, Temporada 2015

Bazar Clube das Pinups, Temporada 2015
Depois de anos sumidas, resolvi vir aqui pra dizer que estamos vivas! E também pra fazer um convite. Sabe o Bazar Clube das Pinups, aquele evento que nós amamos e que já é mega tradicional aqui em Campinas? Então, neste final de semana vai rolar mais uma edição. Desta vez, o evento vai ser inspirado no filme “Os Sonhadores” e ao som de muito Jazz.



Serviço:
Quando? 1 e 2 de agosto (sábado e domingo), das 10h às 20h
Onde? José Martins, 613 - Barão Geraldo (em frente a Praça do Coco)
Quanto? Tudo na faixa!

Confirma a presença aqui no evento! 

Sandy Quintans
@sandyquintans

sexta-feira, 3 de julho de 2015

Joana leu: A menina submersa, de Caitlin R. Kierman

Joana leu: A menina submersa, de Caitlin R. Kierman
A menina submersa: memórias
Caitlín R. Kierman
editora Darkside Books
320 páginas
"Um conto de fadas, uma estória de fantasmas habitada por sereias e licantropos, mas, antes de tudo, uma grande estória de amor construída como um quebra-cabeças pós-moderno, uma viagem através do labirinto de uma crescente doença mental. Considerado uma obra-prima do terror da nova geração, esse romance é repleto de elemntos de realismo mágico e foi indicado a mais de cinco prêmios de literatura fantástica. sendo o vencedor do Bram Stoker Awards 2013."

Pela sinopse não fica muito claro sobre o que fala esse livro. Bem, ele se vende como uma estória de fantasmas, um terror que deixará o leitor com os cabelos em pé, mas isso não aconteceu comigo.

A protagonista, India Morgan Phelps, ao apenas Imp, é herdeira de uma doença mental que matou sua mãe e avó, e ela tem que viver sob efeitos de remédios o tempo todo para conseguir viver normalmente. Ela trabalha e como hobby pinta alguns quadros. E também está escrevendo essa estória de fantasmas.

Imp a princípio é uma personagem fascinante; consciente de seus problemas mentais, porém, muito tranquila e inteligente. Ela tem uma forte ligação com um quadro chamado 'A menina submersa', que vira certa vez num museu, e é poro causa dessa obra que sua vida começa a mudar.

Certo dia Imp está andando pela rua e encontra mobília e alguns objetos empilhados na calçada, e começa a mexer nesles para tentar aproveitar alguma coisa. É nesse momento que a dona daquelas coisas aparece e fica brava com Imp. Essa mulher acaba revelando que não tem para onde ir e que está sendo despejada pela antiga namorada. Imp a convida para ficar em sua casa, e assim nasce o relacionamento dela com Abalyn.

quarta-feira, 1 de julho de 2015

Cinematura - Orgulho & Preconceito

Cinematura - Orgulho & Preconceito
Eu nunca pensei que fosse me derreter por um livro escrito no século XIX como aconteceu em Orgulho & Preconceito, de Jane Austen. É claro que eu sabia que se tratava de um clássico da literatura inglesa (e mundial!), mas não entendia as dimensões e da genialidade da obra, mesmo já conhecendo o filme de Joe Wright, lançado em 2005, que trazia Keira Knightley e Matthew Macfadyen. Inclusive, um dos meus romances preferidos. Mas só quis ler o clássico, quando uma blogueira de que gosto muito, a Chez Noelle, nos convidou pra seu clube do livro (aliás, vem também gente!). E eu encarei. 

Pra quem não conhece, a obra de Jane Austen é o seu livro mais famoso e é considerado sua obra prima. Ela conta a história das irmãs Bennet: Jane, Lizzy, Lydia, Kitty e Mary, principalmente das duas mais primeiras, que são as mais velhas. Elas são filhas de um casal sem grandes posses, portanto a maior preocupação da mãe das meninas é vê-las em bons casamentos, já que por serem todas mulheres não teriam direito a nada caso o pai delas passasse dessa pra uma melhor. O pai delas já não se importa tanto com o casamento da filhas, ele prefere apoiar as decisões delas e criticar os moldes da sociedade. Um personagem genial, inclusive. 
A partir daí, o livro conta sobre o romance de Lizzy, que é muito inteligente e geralmente se comporta fora dos padrões da época, e o Sr. Darcy, um homem rico que aparece ma região onde moram, mas que não é visto com bons olhos por ser considerado sem educação e orgulhoso. A história é vendida como um história de amor, o que de fato ela é, mas traz críticas tão interessantes que acredito que seja algo mais completo que isso, inclusive sobre coisas que se aplicam a nossa vida de agora, apesar de ter sido escrita há tanto tempo. O mais interessante é que o livro tem vários níveis a ser observado, temos o romance central, os romances secundários, os valores fúteis da sociedade, a posição da mulher neste contexto, as análises dos sentimentos que nos tonam humanos, e tantas outras coisas.
O romance dos dois é infinitamente interessante, porque parece que a cada encontro deles seu coração vai saltar do peito do ansiedade. E sabe o que é o mais legal? É que é um sentimento construído no decorrer da história, não surge aquela coisa de amor à primeira vista, apesar de ter indícios de que existe algo ali. O que torna muito real, pois na visa real é mais fácil existir amores que crescem, do que paixões avassaladoras. 
Por todas essas razões é que o livro foi tão interessante pra mim, algo que provavelmente eu não olhasse tanto quando assisti o filme. Aliás, a versão pro cinema acaba sendo mais focada no romance, e mostra com sutileza as inversões que acontecem entre orgulho e o preconceito dos dois amantes no decorrer da história, enquanto no livro isso é mais claro, o que não podia ser diferente, né? Eu adoro essas diferenças de linguagem e ver como a mesma história pode se tornar duas, e esse é um desses casos. 
Confesso, eu achei que a história escrita fosse ser maçante, mesmo gostando muito do filme que eu já tinha visto. Mas acredite, não é um livro supervalorizado, pelo contrário, é até mais valioso. Quando eu vi, não conseguia largar a história por nem um minuto e logo que acabou fui correndo assistir o filme. Sinceramente, não dá pra escolher por qual obra eu gostei mais, mas posso garantir que trouxe muito amor para o meu Junho ♥

Sandy Quintans
@sandyquintans
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