quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

6 filmes que realmente valem a pena no Oscar 2016

6 filmes que realmente valem a pena no Oscar 2016
Domingo teremos a tão aguardada cerimônia no Oscar. Afinal, este ano o Leonardo ganha ou não ganha, né? Mas este ano resolvi mudar. Eu não larguei o meu fanatismo, mas ao contrário de outros anos não quero falar de todos os filmes que assisti para a premiação, e sim, quais são os longas que realmente fiquei apaixonada. É claro que da lista de indicados eu gostei de muitos outros, mas sabe quando um filme realmente te toca? Então, estes foram os meus:

O Quarto de Jack


Quando eu saí do cinema, meu namorado perguntou se era baseado em fatos reais. Realmente, O Quarto de Jack parece uma história muito verídica, mas pra mim é uma compilação de dezenas de histórias aterrorizantes de sequestros que já vimos nos noticiários. Já imaginou ter um filho dentro do cativeiro e no ambiente que esta criança irá viver? É tudo isso que o filme questiona, mas de uma forma muito legal: pela perspectiva de Jack e o mundo que a mãe criou pra que ele se tornasse o mais saudável possível no quarto. É emocionante do início ao fim.

Creed 


Apesar de não estar na categoria principal e ter apenas uma indicação, eu saí encantada da sessão. Eu sou fissurada em filmes de boxe e Creed tem a vantagem de ser emocionante e resgatar um dos personagens mais legais da luta: Rocky Balboa. É também um daqueles filmes de ir em busca dos sonhos e atingir objetivos. Fala sério, essas coisas são sempre inspiradoras e é exatamente aquele tipo de história que te dá um sorriso no final.

Spotlight


Eu sei, sou suspeita por ser jornalista, mas este é um filme essencial. Ele é baseado em história real e eleva o jornalismo investigativo ao seu mais nobre espaço: o de questionar. Neste caso específico, a posição da igreja católica em relação aos abusos sexuais, principalmente de menores, em um período que nem se quer tocava no assunto.

Mad Max


No meu texto sobre os figurinos do Oscar, citei sobre o quanto fiquei apaixonada pela história que trazia a Imperatriz Furiosa. Por que ele entrou em minha lista pessoal de melhores filmes de 2015? Por ser um filme de ação que é verdadeiramente representativo, que traz os clichês do gênero, mas que também quebra paradigmas.

Brooklin


Este filme é tão bonito, em cada partezinha minuscula dele. A história é inspiradora, os atores estão ótimo, o figurino e a fotografia enche nos olhos de um jeito encatador e o melhor: é um romance, em uma forma deliciosa e não melosa. É uma pena que não tenha muita chance na premiação, mas vale muito a pena.

O Regresso


Até aqui eu, praticamente, só falei dos esquecidos do Oscar, mas o meu verdadeiro amor desta premiação está no longa de Alejandro G. Iñárritu. Este não é apenas um dos melhores da lista deste ano, mas é um dos trabalhos mais incríveis na vida. O roteiro é muito bom, a fotografia espetacular e a atuação de Leonardo DiCaprio é de tirar o fôlego. Sabe o que é o mais louco? É que é uma história baseada em fatos reais.

Está acompanhando acompanhando os filmes do Oscar? Qual o seu preferido?

Sandy Quintans
@sandyquintans

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Joana leu: Inverso, Megan Alvares

Joana leu: Inverso, Megan Alvares
"E se do outro lado do espelho estivesse a vida que você sempre desejou? Lá no fundo, Megan não quer ser quem é e nem viver essa vida triste, exatamente o inverso daquela que sempre sonhou para si. Tudo começa com a morte de sua mãe. A sensação terrível de que algo nunca mais vai ser como antes. E não será mesmo. O seu único alento é o carinho da irmã, que a vê como o que gostaria de ser quando crescer. Mas há um novo mundo do outro lado dos espelhos. Um mundo igual ao seu, só que ao contrário. Um mundo perfeito onde as pessoas que morreram estão vivas e Megan é exatamente a garota que deveria ser. Entrando nessa realidade pelo avesso, Megan começa uma perigosa busca por si mesma, onde o reflexo de tudo que há de ruim tentará detê-la. Enquanto seguem em frente, ela deverá garantir a segurança das pessoas que mais ama. Em um labirinto de escolhas, sem poder sequer distinguir a própria imagem, Megan deverá lidar com a perda, enquanto descobre quem é a garota que a encara no espelho."


A jovem Megan vem sofrendo há meses com a morte da mãe, e tenta de todas as formas dar suporte para a irmã mais nova, e não causar nenhuma preocupação para o pai, que também está sentindo a perda precoce da esposa. Ela se comporta bem, a não ser por alguns desentendimentos com professores, mas isso é normal. Seu único amigo é Daniel, companheiro para todas as horas, que é um nerd assumido e não é nem um pouco popular na escola. Juntos, eles são a parte esquisita dos alunos.

Tudo na vida de Megan parece caminhar bem, apesar da falta que sente da mãe, até o dia em que ela e o pai resolvem mexer nas coisas que foram da progenitora para ver o que pode ser doado e reaproveitado por outras pessoas e o que realmente querem manter como lembrança. Dentre alguns objetos pessoais, Megan encontra um diário, muito bem fechado, com um aviso: não leia este diário. Claro que essa mensagem só aguça a curiosidade da menina, que decide manter o item em segredo, para ler depois e descobrir o que a mãe escondia.

Num momento em que ficou sozinha no quarto dos pais, ela se vê em frente a um espelho que, aparentemente, é normal, mas, que com um olhar mais demorado, se mostra um objeto estranho e curioso: Megan vê uma imagem muito parecida com a sua refletida nele, mas com alguns detalhes diferentes. Seu primeiro impulso e tocar no espelho para ver se tem algum problema, e é ai que tudo acontece: o espelho começa a se liquefazer e puxa Megan através dele. Ela cai numa casa idêntica à sua, porém, com tudo ao contrário. Ali ela descobre que a mãe está viva, o pai quase não fica em casa e a irmã não gosta dela. E pior, ela é tão popular no colégio que suas melhores amigas são aquelas que ela mais quer evitar na vida real, e Daniel, seu confidente, está muito distante e magoado com suas atitudes.

A confusão está armada. Megan percebe que está ocupando o corpo de outra adolescente, sua cópia, que se chama Megami, e que não se entende com a mãe. Isso é demais para Megan, já que tudo que ela queria era ter a mãe de volta. Na convivência com Megami, ela percebe que a garota é seu oposto, tem a personalidade forte e é muito briguenta. Ambas passam a dividir o corpo e a mente de Megami, e Megan vê e sente tudo o que a outra pensa ou faz, sem poder fazer nada para evitar que ela magoe as pessoas que ama.

Entre idas e vindas e muito desentendimento entre as meninas, Megami convence Megan a atravessar o espelho para que ela veja como a outra vive, e quando está no mundo de Megan, toma o controle do corpo dela e ameaça acabar com tudo o que ela tem.

Em alguns momentos o livro deixa o leitor apavorado, querendo interferir na relação Megan/Megami e resolver aquele impasse de vez, deixando cada qual em seu próprio mundo. O mais interessante é que o leitor consegue se colocar no lugar de Megan e sentir a alegria que ela sente ao ver a mãe viva, sabendo que, se ficasse naquele universo paralelo, ela poderia voltar a ter a mãe ao seu lado.

Da mesma forma que Megami é irritante e provoca o leitor a todo instante, pois sabemos o que Megan teve que passar sem a mãe, e torcemos para que ela tome a decisão certa no final. Megami é cruel e vingativa, e na primeira oportunidade que tem, magoa as pessoas que Megan mais gosta apenas para desafiá-la a trocar de lugar permanentemente.

Gostei demais desse livro, e adorei poder compartilhar os pensamentos das duas personagens, conseguindo facilmente sentir o que elas sentiam. A autora trabalhou muito bem as características marcantes de cada uma delas, facilitando a identificação das protagonistas durante a leitura, mesmo nos momentos em que elas ocupavam o lugar uma da outra sem aviso prévio. Com uma linguagem simples e coesa, Karen conseguiu criar dois universos distintos e bem construídos, que dão ao leitor a impressão verdadeira de que ele também está atravessando o espelho e passando de um mundo para o outro.

O final é corajoso, e me agradou bastante. Mas, apesar do desfecho inteligente, achei o último capítulo um pouco corrido, como se tudo tivesse que acontecer rapidamente. Essa foi a minha única ressalva, e só por isso o livro não ganhou nota cinco. Indico fortemente a leitura, para que todos possam ter a dimensão do que é poder escolher o seu próprio futuro, optar por ter aquilo que se deseja muito, ou manter aquilo que te faz feliz.




Inverso
Karen Alvares
editora Draco
136 páginas


quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

Bem vindo à Panamérica - O Nascimento de Mary Black em produção.

Bem vindo à Panamérica - O Nascimento de Mary Black em produção.
Em outubro de 2014 vocês devem ter visto a minha carinha num video convocando todo mundo para apoiar o projeto do longa metragem "O Nascimento de Mary Black", no nosso financiamento coletivo do Catarse. E com a ajuda de muitos amigos e gente bacana, atingimos a meta. Então hoje eu vim aqui contar em que pé anda a produção do nosso filme.

Video para o Catarse.

Flávio Carnielli cria [boas] histórias malucas como ninguém e "O Nascimento de Mary Black" tem a pegada dos filmes de ação dos anos 70. Cheio de vilões bizarros, carros estilosos e muito fogo (fogo mesmo, feito de verdade, sem after effects!), fala sobre corridas selvagens em uma ditadura que uniu toda a América Latina em um grande bloco, chamado Panamérica e conta a história de vingança da Maria, que renasce como Mary Black. 

A fase de gravação está quase no fim e durante esse período vivemos muitas aventuras e perrengues. Teve carro atolado, chuvas torrenciais, muito sol na cabeça, quase atropelamentos e joelhos ralados. Em compensação, captamos imagens sensacionais e nos divertimos muito com nossos atores e colaboradores, que são tão malucos quanto a gente.  
Para nossas corridas tivemos o apoio de vários clubes de carros antigos, que correram com sua máquinas e nos ajudaram a já tornar o "Mary" o filme brasileiro com mais variedade de carros da história!


Além de fazer o figurino, a arte e a fotografia do filme (sou mil e uma utilidades, meu bem), fiz uma pontinha no filme como a Jacira, da Catuaba Jacira (coisas que a gente faz por amor). Apareci num comercial, sambando num programa infantil (isso mesmo, programa infantil com propaganda de catuaba) e dando a bandeirada na largada de umas das corridas. Tão pensando que minha vida é fácil? Não, não é. Mas é divertida demais!


Já já começamos a editar e em breve nosso longa estará finalizado e pronto para conquistar o mundo. Enquanto isso, veja um pouquinho do nosso material no video.


Helen Quintans
@helenquintans

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Joana leu: Joyland, Stephen King

Joana leu: Joyland, Stephen King
"O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Gray foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado - e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença grave. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer - e sobre aqueles que sequer tiveram a chande de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais."


Essa é uma estória bem simples, mas muito bem construída e cheia de sentimentos. Senti medo em diversos momentos, mas fiquei esperando pelo susto, que não veio. King fala bastante sobre um fantasma, mas o foco da narrativa, com certeza, está nos vivos.

O jovem Devin Jones aproveita as férias de verão para trabalhar no parque de diversões Joyland e juntar algum dinheiro, além de tentar ocupar sua cabeça para não pensar nem sofrer pela namorada que o abandonou. Logo de cara ele se dá muito bem no trabalho, e os funcionários mais antigos do parque gostam bastante dele.  Tudo parecia normal até Devin descobrir que, há alguns anos, uma garota foi assassinada dentro do trem fantasma, e que seu espírito está por lá até hoje. Então, ver esse fantasma e descobrir a verdade sobre a morte de Linda Gray passa a ser um dos objetivos de Devin, junto com seus amigos Tom e Erin.

Ao caminhar de casa para o trabalho, diariamente, Devin vê um garoto numa cadeira de rodas, ao lado de sua mãe e um cachorro. Aos poucos, eles vão construindo uma amizade, e a história de vida de Mike e sua mãe transforma Devin numa pessoa melhor. O que ele não imagina é que Mike o ajudará a decifrar o mistério da morte de Linda Gray.

Quando eu disse que o foco da estória é nos vivos, estava me referindo a essa relação entre Devin e Mike. O menino tem um tipo de clarividência, e é portador de uma doença degenerativa, por isso, sabe que vai morrer em breve, mas quer aproveitar a vida ao máximo, e estar perto de Devin, compartilhar com ele seus desejos, ajuda a estreitar os laços com a própria mãe e amenizar um pouquinho a dor que ela sente por ver o filho naquela situação. Parece triste, e na verdade é um pouco, mas se o leitor souber interpretar o sofrimento de Mike como um mal necessário para ensinar a algumas pessoas o valor da vida, tudo ficará mais ameno. Essa foi, provavelmente, a intenção do autor.

O mistério da menina do trem fantasma é solucionado com a ajuda de Erin, e acaba colocando Devin em risco. O assassino de Linda finalmente aparece, mas quer matar Dev, e esse é o momento mais tenso do livro. A cada capítulo eu esperava que o espírito de Linda Gray iria aparecer para Devin ou assustar alguém de uma forma tão sinistra que eu nem conseguiria dormir, mas acontece algo pior que isso: a expectativa de ver o fantasma dá mais medo do que a aparição em si.

Nem tudo são flores nesse final, mas achei muito bem construído e bastante satisfatório. O livro não é tão macabro quanto outros de King, mas o terror psicológico deixa a marca do autor na estória. A ansiedade e a apreensão dominam a leitura e a falta de sustos de tirar o fôlego podem ter decepcionado alguns fãs do autor, mas eu gostei bastante da sensação de medo que o livro me deu.

Com um enredo bem elaborado e personagens marcantes, Joyland pode agradar a quem ainda não conhece o estilo de Stephen King, e ser a porta de entrada para outros livros mais pesados. O suspense está presente durante toda a narrativa, e não dá para saber que rumo a estória vai tomar, nem tampouco imaginar quem foi o responsável pela morte da menina no trem fantasma. Prova de que King é capaz de criar uma estória leve e pesada ao mesmo tempo, carregada de mistério e repleta de humanidade.





Joyland
Stephen King
editora Suma de Letras
240 páginas

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Os looks da Daphné

Os looks da Daphné
Não é porque ficamos um tempo longe do blog, que não parei de conhecer inspirações novas. Aliás, esta é uma das coisas que mais gosto na internet. Como eu disse na semana passada, muitas das blogueiras que acompanho há anos estão deixando o trabalho online, por isso o garimpo nunca acaba por aqui.

Há alguma semanas eu descobri a Daphné, do Mode and the City, e claro, fiquei encantada. Ela mora em Paris e mantém o blog desde 2007, com informações sobre moda e beleza. Infelizmente, não sei muita coisa sobre a vida dela, mas uma coisa eu sei: o estilo dela me representa.

Sandy Quintans
@sandyquintans
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