"O universitário Devin Jones começa um trabalho temporário no parque Joyland, esperando esquecer a namorada que partiu seu coração. Mas é outra garota que acaba mudando seu mundo para sempre: a vítima de um serial killer. Linda Gray foi morta no parque há anos, e diz a lenda que seu espírito ainda assombra o trem fantasma. Não demora para que Devin embarque em sua própria investigação, tentando juntar as pontas soltas do caso. O assassino ainda está à solta, mas o espírito de Linda precisa ser libertado - e para isso Dev conta com a ajuda de Mike, um menino com um dom especial e uma doença grave. O destino de uma criança e a realidade sombria da vida vêm à tona neste eletrizante mistério sobre amar e perder, sobre crescer e envelhecer - e sobre aqueles que sequer tiveram a chande de passar por essas experiências porque a morte lhes chegou cedo demais."
Essa é uma estória bem simples, mas muito bem construída e cheia de sentimentos. Senti medo em diversos momentos, mas fiquei esperando pelo susto, que não veio. King fala bastante sobre um fantasma, mas o foco da narrativa, com certeza, está nos vivos.
O jovem Devin Jones aproveita as férias de verão para trabalhar no parque de diversões Joyland e juntar algum dinheiro, além de tentar ocupar sua cabeça para não pensar nem sofrer pela namorada que o abandonou. Logo de cara ele se dá muito bem no trabalho, e os funcionários mais antigos do parque gostam bastante dele. Tudo parecia normal até Devin descobrir que, há alguns anos, uma garota foi assassinada dentro do trem fantasma, e que seu espírito está por lá até hoje. Então, ver esse fantasma e descobrir a verdade sobre a morte de Linda Gray passa a ser um dos objetivos de Devin, junto com seus amigos Tom e Erin.
Ao caminhar de casa para o trabalho, diariamente, Devin vê um garoto numa cadeira de rodas, ao lado de sua mãe e um cachorro. Aos poucos, eles vão construindo uma amizade, e a história de vida de Mike e sua mãe transforma Devin numa pessoa melhor. O que ele não imagina é que Mike o ajudará a decifrar o mistério da morte de Linda Gray.
Quando eu disse que o foco da estória é nos vivos, estava me referindo a essa relação entre Devin e Mike. O menino tem um tipo de clarividência, e é portador de uma doença degenerativa, por isso, sabe que vai morrer em breve, mas quer aproveitar a vida ao máximo, e estar perto de Devin, compartilhar com ele seus desejos, ajuda a estreitar os laços com a própria mãe e amenizar um pouquinho a dor que ela sente por ver o filho naquela situação. Parece triste, e na verdade é um pouco, mas se o leitor souber interpretar o sofrimento de Mike como um mal necessário para ensinar a algumas pessoas o valor da vida, tudo ficará mais ameno. Essa foi, provavelmente, a intenção do autor.
O mistério da menina do trem fantasma é solucionado com a ajuda de Erin, e acaba colocando Devin em risco. O assassino de Linda finalmente aparece, mas quer matar Dev, e esse é o momento mais tenso do livro. A cada capítulo eu esperava que o espírito de Linda Gray iria aparecer para Devin ou assustar alguém de uma forma tão sinistra que eu nem conseguiria dormir, mas acontece algo pior que isso: a expectativa de ver o fantasma dá mais medo do que a aparição em si.
Nem tudo são flores nesse final, mas achei muito bem construído e bastante satisfatório. O livro não é tão macabro quanto outros de King, mas o terror psicológico deixa a marca do autor na estória. A ansiedade e a apreensão dominam a leitura e a falta de sustos de tirar o fôlego podem ter decepcionado alguns fãs do autor, mas eu gostei bastante da sensação de medo que o livro me deu.
Com um enredo bem elaborado e personagens marcantes, Joyland pode agradar a quem ainda não conhece o estilo de Stephen King, e ser a porta de entrada para outros livros mais pesados. O suspense está presente durante toda a narrativa, e não dá para saber que rumo a estória vai tomar, nem tampouco imaginar quem foi o responsável pela morte da menina no trem fantasma. Prova de que King é capaz de criar uma estória leve e pesada ao mesmo tempo, carregada de mistério e repleta de humanidade.
O jovem Devin Jones aproveita as férias de verão para trabalhar no parque de diversões Joyland e juntar algum dinheiro, além de tentar ocupar sua cabeça para não pensar nem sofrer pela namorada que o abandonou. Logo de cara ele se dá muito bem no trabalho, e os funcionários mais antigos do parque gostam bastante dele. Tudo parecia normal até Devin descobrir que, há alguns anos, uma garota foi assassinada dentro do trem fantasma, e que seu espírito está por lá até hoje. Então, ver esse fantasma e descobrir a verdade sobre a morte de Linda Gray passa a ser um dos objetivos de Devin, junto com seus amigos Tom e Erin.
Ao caminhar de casa para o trabalho, diariamente, Devin vê um garoto numa cadeira de rodas, ao lado de sua mãe e um cachorro. Aos poucos, eles vão construindo uma amizade, e a história de vida de Mike e sua mãe transforma Devin numa pessoa melhor. O que ele não imagina é que Mike o ajudará a decifrar o mistério da morte de Linda Gray.
Quando eu disse que o foco da estória é nos vivos, estava me referindo a essa relação entre Devin e Mike. O menino tem um tipo de clarividência, e é portador de uma doença degenerativa, por isso, sabe que vai morrer em breve, mas quer aproveitar a vida ao máximo, e estar perto de Devin, compartilhar com ele seus desejos, ajuda a estreitar os laços com a própria mãe e amenizar um pouquinho a dor que ela sente por ver o filho naquela situação. Parece triste, e na verdade é um pouco, mas se o leitor souber interpretar o sofrimento de Mike como um mal necessário para ensinar a algumas pessoas o valor da vida, tudo ficará mais ameno. Essa foi, provavelmente, a intenção do autor.
O mistério da menina do trem fantasma é solucionado com a ajuda de Erin, e acaba colocando Devin em risco. O assassino de Linda finalmente aparece, mas quer matar Dev, e esse é o momento mais tenso do livro. A cada capítulo eu esperava que o espírito de Linda Gray iria aparecer para Devin ou assustar alguém de uma forma tão sinistra que eu nem conseguiria dormir, mas acontece algo pior que isso: a expectativa de ver o fantasma dá mais medo do que a aparição em si.
Nem tudo são flores nesse final, mas achei muito bem construído e bastante satisfatório. O livro não é tão macabro quanto outros de King, mas o terror psicológico deixa a marca do autor na estória. A ansiedade e a apreensão dominam a leitura e a falta de sustos de tirar o fôlego podem ter decepcionado alguns fãs do autor, mas eu gostei bastante da sensação de medo que o livro me deu.
Com um enredo bem elaborado e personagens marcantes, Joyland pode agradar a quem ainda não conhece o estilo de Stephen King, e ser a porta de entrada para outros livros mais pesados. O suspense está presente durante toda a narrativa, e não dá para saber que rumo a estória vai tomar, nem tampouco imaginar quem foi o responsável pela morte da menina no trem fantasma. Prova de que King é capaz de criar uma estória leve e pesada ao mesmo tempo, carregada de mistério e repleta de humanidade.
Joyland
Stephen King
editora Suma de Letras
240 páginas
Nenhum comentário:
Postar um comentário