E se aquele disco clássico que mudou as coisas abrisse com outra música? A indagação pode parecer um tanto besta, mas vamos analisar o ambiente comigo. Desde os tempos do LP, passando pela fita K7, pelo CD e agora pelo formato digital, quando a gente pega aquele disco para ouvir pela primeira vez, ele causa um primeiro impacto – que pode ser bom ou ruim. Um álbum tem o poder de nos balançar com sua 1ª faixa, pois é ela que determina a primeira impressão do ouvinte em relação àquele artista. É claro que tudo isso é relativo quando falamos sobre pop/ rock e seus incontáveis clichês. No Rock Progressivo, por exemplo, o disco ou abre com uma instrumental, ou com barulhinhos fru-fru, ou com uma viagem ultra-psicodélica-técnica-megalomaníaca de mais de 20 minutos de duração. No Heavy Metal (foto ao lado, um dos maiores nomes do gênero), então, a coisa é ainda mais óbvia: costuma abrir com um fade-in onde ouvimos barulhinhos fofos de cabras, bodes, sinos, chuva, fogo, vozes do além entre outras coisas. E há, também, estilos diretos como
o Punk, o Hardcore, o Grunge, que costumam abrir sem nenhuma frescura. E não podemos deixar de lado as Óperas Rock, cuja primeira faixa costuma parecer créditos iniciais de alguma super produção de Hollywood.
Vou dar um exemplo do que estou falando. Eu amo “Revolver” dos Beatles, acho esse disco o máximo. Mas, “Taxman” nunca me causou muita coisa e foi uma escolha errada para o disco que marca a explosão psicodélica na carreira da banda e que contém pérolas como “Yellow Submarine” e “Love You Too”. Melhor escolha teria
(“Revolver”, clássicão dos Beatles)
sido “Tomorrow Never Knows” e seu experimentalismo pioneiro, seus ruídos vertiginosos, sua letra chapada, sua bateria minimalista e seu ritmo hipnótico. Todo mundo teria ficado de boca mais aberta se, no distante ano de 1966, “Revolver” abrisse com uma explosão de criatividade desse nível. Existem muitos outros exemplos e se alguém tiver algum em mente, pode nos contar. Se não quiser escrever também, dane-se.
A notícia mais marcante da semana que passou foi a morte de Leslie Nielsen, ator de clássicos da comédia pastelão como “Corra Que a Polícia Vem Aí” (1986). Sua morte passou um pouco despercebida pela mídia brasileira, mas quando é para todo mundo dar risada às custas do cara, ninguém pensa duas vezes né. Bando de jornalistas burros. Falando em jornalistas, eu sempre quis me formar em Jornalismo, mas de uns tempos para cá esse mundinho marrom vem me deixando muito puto. Não raro, eu vejo nesses portais de merda notícias extremamente falsas, manipuladoras e idiotas que servem de armadilha para leitores desprevenidos. Outro dia mesmo, eu estava no iG quando li a seguinte notícia: “Mansão pega fogo em Paraty”. Cacete, pensei comigo, será que os donos estão bem? Abri a notícia e quebrei a cara bonito quando percebi que a notícia tratava do casalzinho de “Crepúsculo” gravando uma cena na tal mansão de Paraty. Ridículo! Em outro portal, li que a chatona da Carolina Dieckman apanhou de não sei quem. Finalmente alguém fez uma boa ação, pensei comigo. Para minha tristeza, a notícia falava de uma novela idiota aonde a PERSONAGEM da Carolina Dieckman apavanha! Esse tipo de jornalista deveria perder a licença por enganar as pessoas. Bando de otários preguiçosos.
Enfim, fica aqui minha singela homenagem a Leslie Nielsen, ator que eu admiro muito e que cresci assistindo a seus filmes. Peace, brother.
OBS: Se vocês notarem que eu repito muito “que”, “com” e coisas do tipo, é porque não tenho tempo para ficar lendo e relendo meus textos. E outra, quem quiser ler um texto 100% dentro dos conformes que vá ler Professor Pasquale.
E a Lady Gaga, hein? Parece que eu persigo a desgrama à toa, mas toda semana ela me dá vontade de dar uma xingadinha. Sua última foi a seguinte frase sobre seu novo álbum, a ser lançado início do ano que vem: “vou entregar o melhor disco da década”. Além de ser metida e pretensiosa, Gaga parece ser profeta também. Pelo amor de Deus, se ninguém lançar disco melhor que o dela durante a década eu paro de ouvir música, vou para uma fazenda distante de qualquer tecnologia e passo a comer e a fumar do que eu mesmo plantar. Melhor disco da década, minhas bolas! Apesar que, no fundo, eu adoraria quebrar a cara.
Continuando a novela Rock In Rio... acabaram de confirmar Coldplay e Skank. Agora, a listinha das atrações fica assim:
-Metallica (ueba!)
-Snow Patrol (cool!)
-Red Hot Chili Peppers (show de bola!)
-Skank (é...)
-Coldplay (já foi bom)
-Capital Inicial (eca!)
-Sepultura (roooooooooooooooots)
-Angra (ica!)
-Motörhead (yeah baby!)
-Coheed and Cambria (quem?)
O saldo até agora está positivo, mas é lógico que muita coisa pode (e vai) mudar até setembro de 2011. Sem contar que serão 6 dias de festival e tudo divididinho em “Dia do Rock”, “Dia do Metal”, “Dia do Rock Alternativo”... espero que desta vez eles não façam a mesma caca do Rock In Rio 2001, quando enfiaram o Queens of the Stone Age no suposto “Dia do Metal” e deu bosta. E eu espero que os camundongos do Red Hot Chili Peppers estejam mais animados, pois sua apresentação no mesmo festival de 2001 foi um dos shows mais chatos, burocráticos e broxantes que eu já vi (de casa, ainda bem).
Disco:
Titãs – Titanomaquia (1993)
Antes de um meteoro extinguir os dinossauros, os Titãs faziam rock pesado. E dos bons, podem acreditar. Neste obscuro álbum, a banda paulista serve-se de pop, come rock, caga grunge e vomita heavy metal. Tudo com muita distorção, instrumentos porcos e letras poéticas do naipe de “Isso Para Mim é Perfume” (cujo refrão “amor, eu quero te ver cagar” é uma maravilha). Relembre uma época em que o rock brasileiro tinha vida própria e era dominado pelos Titãs, e não pelo Restart.
Filme:
Sid & Nancy: O Amor Mata (1986)
Filmaço do diretor britânico Alex Cox que relata o conturbado romance entre Sid Vicious (Sex Pistols) e Nancy Spungen. Uma amarga viagem pelas ruas pichadas da Inglaterra dos anos 70, pelo nascimento do movimento punk, pelo submundo das drogas em Nova York, pelo trágico fim que tanto Nancy quanto Vicious tiveram. Destaque para o elenco, perfeito, que conta com o sempre excelente Gary Oldman na pele do mítico baixista.
Livro:
O Guia do Mochileiro das Galáxias
Escrito entre os anos 70 e 80, “O Guia do Mochileiro das Galáxias” compreende uma coleção de 5 volumes – sendo o último póstumo do genial escritor britânico Douglas Adams. Trata-se de uma corrosiva crítica à nossa sociedade através de muito humor ácido, personagens memoráveis e toneladas de referências ao mundo pop e filmes de ficção científica. Seu sucesso foi tanto que virou seriado nos anos 80 e um ótimo filme lançado em 2005, cujo elenco contava com Zooey Deschanel, Mos Def, entre outros. Mas que fique bem claro que “O Guia do Mochileiro das Galáxias” não é para qualquer um – seu humor é inteligente, podendo ser inteligente demais para você.
Programa de TV:
Ghost Hunters
A TAPS é uma empresa com sede em Rhode Island (Estados Unidos), de dia encanadores, de noite caçadores de fantasmas. Munidos de muitos equipamentos e colhões, a galera do Ghost Hunters investiga diversos lugares tidos como assombrados, sem apelar para efeitos visuais baratos e monstrinhos de borracha. Estreou em 2004 e conta com uma spin off, “Ghost Hunters International”, no qual a equipe viaja para países como Filipinas, Dinamarca, Romênia, Brasil e outros. O programa passa na SyFy (a do “Imagine Mais”) várias vezes durante a semana, destacando-se às terças (20h00) e sábados à tarde.
Bem galera, por hoje é só. Espero que tenham curtido, não deixem de comentar, elogiar, xingar! Para enviar bombas, anthrax ou coisas do tipo, basta mandar em envelope para mim na Rua Pau Duro, nº 24, Jardim Broncossauro. Vinhedo/ SP. CEP; 13280-000.
Até semana que vem!!
Unidade de Medidas Subversivas.
-Adolfo Ifanger
E-mail: adoifanger@gmail.com
Blog: www.viagemacores.com
*PAZ*