terça-feira, 29 de junho de 2010

Lançamento: Vince Neil - Tattoos & Tequila (2010)



Líder do Mötley Crüe revisita clássicos dos anos 60 e 70

   O universo do Hard Rock caracteriza-se pelo visual "mamãe quero ser gay", pelas poses de malvadão, pelos shows circenses e pelas músicas que oscilam entre o mais puro machismo e a mais dolorida dor de corno. Em contrapartida, a maioria dos músicos são verdadeiros bad boys do rock, sempre se metendo em encrenca. Axl Rose e Sebastian Bach são grandes exemplos disso. O quase cinqüentão Vince Neil, líder do Mötley Crüe, não é exceção: cinco prisões (a última delas ocorrida há três dias atrás); envolvimento com alcoolismo e um vídeo caseiro de sexo gravado com uma atriz pornô e uma modelo estão no seu histórico. Além disso, Neil estava embriagado quando sofreu um grave acidente de carro em 1984, que resultou na morte do baterista Razzle, do Hanoi Rocks.

   Em seu terceiro álbum solo, Vince Neil se cerca de mulheres peitudas, muita bebida e exibe seus músculos nervosos enquanto solta sua voz rasgada que sempre me lembra um moleque revoltado por estar de castigo. Ele optou pelo caminho mais fácil da coisa: fazer releituras de clássicos do rock dos anos 60 e 70. Assim sendo, é só fechar os olhos e deixar a festa rolar com direito a muita putaria, drogas, piscinas de dinheiro, roupas de oncinha, secadores de cabelo e biquinhos. "Viva Las Vegas", do Rei Elvis Presley (originalmente de 1964), virou um rockão 4x4 perfeito para se dançar enquanto chacoalha o cabelão recém-lavado. Ótima versão! Neil mostra bom gosto ao escolher suas canções favoritas e dá uma roupagem supersônica e muito pesada. Também, o rótulo Hard Rock não teria valia caso fosse diferente disso...

   Das 12 faixas, Neil assina apenas a regular "Another Bad Day" e a boa faixa-título. Dentre os destaques, o esporro "The Bitch Is Back" (Elton John), que Neil conseguiu transformar em uma pérola digna do hard rock; "No Feelings" (Sex Pistols); "Nobody's Fault" (Aerosmith); e "Long Cool Woman", que emula os gênios do classic rock The Hollies numa versão explosiva. Mas nem tudo é bom, e alguns covers ficam devendo, deixando o disco apenas mediano. É uma boa pedida para curtir numa festa com seus amigos cabeludos e bêbados.

NOTA: Bom
(Classificação: Ruim, Regular, Bom, Ótimo e Clássico)

Por Adolfo Ifanger
www.viagemacores.com         

Um comentário:

  1. Concordo plenamente com sua definiçao!!!
    Não entendo como essa galera acha bonito se vestir como se tivesse saído de um clip dos Guns'n'Roses!
    Mas , entao, detalhe: rockeiro de verdade não lava o cabelão não... ou lava?! hauahuahuhauhua

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