Particularmente, eu acho que Lily Collins uma das pessoas mais fofas do planeta. É muito difícil não se apegar a mocinhas que ela interpreta, e olha que geralmente eu não tenho muita paciência com mocinhas. Mas aconteceu, eu estava procurando algo interessante pra assistir, sem que precisasse pensar demais e foi aí que caí em "Simplesmente Acontece", que estava em cartaz aqui na cidade. O filme me surpreendeu positivamente com todas aquelas reviravoltas e mensagens de texto, e logo já estava com a trilha sonora inteira no meu celular. Foi aí que resolvi ler o livro, mas não se engane, o Cinematura de hoje não deveria se quer manter o nome, porque eu abandonei a leitura depois de cem páginas.
A história é sobre a amizade inseparável de Rosie e Alex que começou desde que eles eram bem novinhos. Quando chega a hora de ir pra faculdade, os dois decidem atravessar o oceano, já que eles moram em Dublin, pra cursar em Boston. Alex sonha em ser doutor e estudar em Harvard, enquanto Rosie quer ter o seu próprio hotel e cursar Hotelaria. O plano é brilhante, eles se empenham muito pra leva-lo adiante até que um imprevisto impede que ela siga com o plano: ela engravida. E a partir daí a história tem várias reviravoltas e é tudo muito emocionante.
Mas Sandy, se você gostou tanto da história, porque abandonou o livro? Eu explico. Quando comecei a ler a história de Cecelia Ahern, reparei que tudo era escrito em formato de mensagens de texto, bilhetes e cartas que eram trocadas entre os personagens, o que fiquei pensando que deveria ser incrivelmente difícil de se fazer. Juntar todas partes de uma história que dura anos só com isso. O que também tornou as páginas muito dinâmicas, já que essas cem páginas que eu li foi apenas de uma vez. Mas desde o começo eu achei chato ler essas mensagens, que eram curtas e não desenvolvia muito. Eu estava simplesmente esperando o livro começar e aquele já era o livro.
Fui procurar resenhas pra ver o que as pessoas achavam e todos os reviews eram muito positivos com o formato do livro. Muita gente também estava falando que o filme não era tão bom e que a adaptação ficou fraca perto da história. Apesar de não ter gostado da leitura, de fato a adaptação não tem muito a ver com a versão original, sabe. Em cem páginas eu já pude perceber que foi tudo bem diferente do que tinha visto no filme.
Acho que já disse aqui outras vezes, que o que eu mais gosto em ler um livro de uma história que eu já conheço é pra saber os detalhes. E detalhes foi justamente o que a obra original não me trouxe. Havia muitas lacunas no enredo, coisas que o filme havia me respondido e por isso ficou tão diferente do original. Coisa bem diferente do que havia acontecido com "As Vantagens de Ser Invisível", que é em formato de cartas, mas que não deixa muito a desejar. Pode ser que com o decorrer do livro, as cartas e mensagens fiquem mais reveladoras, eles passem a contar mais detalhes. É difícil saber ao certo, já que só li 1/3 do livro, né?
Eu sei que foi uma jornada bem diferente das que eu costumo contar por aqui, até porque foi uma análise inacabada, né? Mas achei que seria interessante compartilhar também o que não deu certo na questão adaptações.
Sandy Quintans
@sandyquintans
Cinematura é uma das colunas que mais gosto de fazer aqui no blog, em que comento livros que foram adaptados para o cinema. Se quiser ver outras edições, clique aqui.
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