Conheci a Sophia Amoruso há
alguns anos em clube do livro, quando a leitura do mês era o famoso Girl Boss.
Eu lembro de ter ficado bastante animada com a história da Nasty Gal, apesar de
nunca ter me importado com a marca – eu não sou uma pessoa de marcas, vamos ser
sinceros. Por isso também, estava bem animada com a produção da Netflix pra uma
série baseado no livro dela, que foi lançada na última semana. Assim, não só
vamos começar o primeiro Cinematura do ano, como também vamos realizar o
primeiro que não é baseado em um filme, mas em uma série. Os tempos mudaram, não
é mesmo?
Bom, pra quem não conhece a
Sophia ou a Nasty Gal, ela é criadora da marca e uma das mulheres mais
poderosas do mundo. Quando estava completamente sem esperanças na vida adulta,
um dia ela percebeu que tinha talento pra produção e garimpo de peças e começou
a vender roupas vintage repaginadas por um bom preço no Ebay. Isso foi quando a
internet estava começando a virar negócio e muita gente ainda não acreditava
nas profissões online, pois encarávamos a internet só como ferramenta e não
como um modo de realmente ganhar dinheiro.
Depois daquele clube do livro,
lembro de ter chamado a Helen no Whatsapp e falado sobre o quanto tinha adorado
várias coisas, por existir uma identificação com o que ela tinha feito. Eu dizia
que via muito da Sophia nas nossas loucuras de blogs, de garimpar coisas, fazer
ensaios malucos, sem recurso algum pelo amor por uma ideia, que é o P! É claro
que a diferença crucial entre nós e ela, é que ela é uma das pessoas mais ricas
desse planeta, mas não precisamos falar disso, rs. Além disso, a amizade
da Sophia com a Anne é muito próxima da nossa, por ser uma coisa de parceria e
de abraçar as ideias uma da outra, mesmo por mais maluca que pareça.
Já a série, apesar de ser baseada
no livro e por existir as histórias que vemos lá, é muito diferente em
proposta. Enquanto que a versão escrita tem uma pegada mais motivacional e
inspiradora de como gerar um negócio na internet e toda essa coisa de empreendimento
que está na nossa geração, a versão da Netflix é algo mais romantizado e
voltado pra outros detalhes da história da Sophia. Por isso mesmo, que em
muitos momentos achei ela meio chata, forçada demais e meio mimada – mas talvez
seja isso mesmo que ela seja, não é?. Mas ao mesmo tempo, a série não se propõe
a contar a história do livro como ela é, pois estamos falando de um formato novo.
Na série também temos a oportunidade
de conhecer mais os personagens que fizeram parte da construção da Nasty Gal,
além de entender um pouco sobre as questões mais pessoais que a colocam em
determinada posição. Tirando o excesso de loucuras da Sophia, essa versão
também tem pontos positivos. Gostei muito do ritmo da série, que é bem dinâmica
e não perde muito tempo, além de ter um figurino maravilhoso e uma trilha
sonora animadíssima (aproveita pra dar o play aí embaixo).
No final, é uma adaptação
interessante e com uma proposta diferente do livro. E mesmo que não seja uma
história que vá mudar a sua vida, não deixa de ser uma série pra aquele momento
que estiver querendo assistir algo mais leve e dar umas risadas. Por que,
afinal de contas, nem tudo precisa ser sério na vida, né?
Sandy Quintans
@sandyquintans
Cinematura é a coluna que falo sobre livros que
viraram filmes (e no caso de hoje, que viraram séries). Há vezes que amo mais a
história escrita e outras que acho que a versão pro cinema ficou melhor. Mas
uma coisa sempre é certa: eu adoro conhecer duas versões de uma mesma história.
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