Antes de mais nada, leiam a sinopse do filme:
Do Começo ao Fim é uma história de amor. A história de Francisco e Thomás e de sua família: Julieta, Alexandre e Pedro. Com uma narrativa particular o filme pretende contar a história de um amor incondicional como uma possibilidade, como um contraponto para um mundo cheio de violência, medo e intolerancia.
1986, Thomás, filho de Julieta e Alexandre, nasce com os olhos fechados e assim permanece durante várias semanas. Julieta não se preocupa e diz que quando o filho estiver pronto, que quando ela quiser, ele abrirá os olhos. Foi assim, nos primeiros dias de vida de Thomás aprendeu que era livre arbítrio. Um dia, sem mais nem menos, Thomás abre os olhos e olha direto para Francisco, seu irmão de 6 anos. 1992 Julieta é uma linda mulher e uma mãe amorosa. É médica de um hospital e trabalha no setor de emergência. É casada pela segunda vez com Alexandre, pai de Thomás. Pedro, seu primeiro marido e pai de Francisco mora na Argentina. Julieta e ele continuam bons amigos.
Durante a infância, os irmãos são muito próximos, talvez próximos demais, segundo Pedro, que passa uma temporada com eles em Buenos Aires. Anos mais tarde, quando Francisco tem 27 anos e Thomás 21, Julieta morre repentinamente em um acidente de carro. Francisco e Thomás se tornaram amantes e vivem uma extraordinária história de amor.
Quando li essa sinopse aí a primeira coisa que pensei foi: 'Uau! Que ousadia! Que coragem!' Mas, depois de 15 minutos de filme tudo o que me vinha à cabeça era: 'Esperei tanto pra isso?!'.
A proposta do filme me soou genial no primeiro momento, porque eu queria muito ver como as personagens iriam lidar com essa história toda. Achei que Aluízio Abranches conseguiria nos fazer questionar valores e preconceitos. Achei que iria abordar o desenvolvimento da sexualidade dos garotos. Como eles descobriram o desejo? E a atração mútua? O que acontece quando a ficha cai? Qual a resposta da escola à situação? Os pais? Os amigos? O treinador de natação? A única coisa que não achei é que ele iria criar um universo paralelo, onde o romance entre dois irmãos, homens ainda por cima, não fosse causar estranheza ou conflitos internos. Aliás, esse é o principal problema do filme: FALTA DE CONFLITOS.
Ok, talvez o diretor quisesse que a história de amor entre Tomás e Francisco não fosse vista apenas pela polêmica. Mas acho que existe uma certa distância entre simplesmente entender esse namoro como mais uma possibilidade de relacionamento e ignorar como essa relação seria olhada e recebida pela sociedade, pela família e por eles mesmos. Em que planeta alguém não saberia que uma relação dessa natureza iria enfrentar obstáculos bem maiores que uma simples viagem pro exterior?
Tudo no filme é bonito, iluminado e perfeito. Enjoa e não convence. Até a beleza incrível dos dois atores soa falsa.
No final das contas, desperdicei 90 minutos da minha vida com algo que não me acrescentou absolutamente nada. Preferia ter visto pela milésima vez O Segredo de Brokeback Mountain, que é muito mais verdadeiro.
Por Helen Quintans
helenquintans@hotmail.com
Adorei a crítica, cara, mas você sabe informar se a Europa Filmes pretende lançar o DVD pro público depois de um tempo nas locadoras? Tem extras? Desde já, obrigado :D
ResponderExcluirAdorei a crítica também... mas tb adorei o filme. Cansa vc ser homossexual, vc viver uma vida rodeada de preconceitos, conflitos, e muitos outros itos... e ver um filme, onde uma relação homossexual é tratada com naturalidade, simplesmente lhe distrai e recarregar as baterias para continuar a labuta.
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