terça-feira, 11 de junho de 2013

Por que gostei de O Grande Gatsby.

Ler uma critica negativa de algo que quero muito assistir, ler ou ouvir, geralmente, me faz bem. Quando há mais ou menos um ano atrás eu fiquei sabendo dos rumores de lançamento de O Grande Gatsby, criei uma expectativa enorme, com razão. Sou fã do Leonardo DiCaprio desde criança, do tempo em que minhas tias colecionavam cartazes e recortes de revistas desse lindo, e fala sério, como esquecê-lo em Romeu + Julieta? Depois tinha Carey Mulligan, outra linda que está no meu coração desde Educação (embora já conhecesse desde Orgulho e Preconceito). E por último, Baz Luhrmann, o cara que deu vida (me deixe citar duas vezes)  a Romeu + Julieta e Moulin Rouge. Esses detalhes da vida não devem passar despercebidos. 
Depois da estreia em Cannes e nos Estados Unidos, criticas negativas sobre do filme não faltaram (aliás, não li nenhuma positiva). Mas uma coisa é certa, o frisson em torno do filme foi tão grande, que todos criaram uma expectativa enorme. Uns esperavam algo mais próximo da versão de 1974 e outros esperavam um musical no melhor estilo Moulin Rouge. Diversas marcas lançaram coleções inspiradas no filme e a trilha sonora virou estrela de muitos artigos, antes da estreia.
Finalmente chegou a vez de tirar minhas próprias impressões. Fiquei impressionada com o fato de que os dois grandes cinemas da cidade (em Campinas), só ofereciam uma sala do filme que está com uma bilheteria de $136 milhões de dólares, nos Estados Unidos, ou seja, poucos horários disponíveis. Segunda decepção em relação aos cinemas: só estava disponível a versão em 3D. Particularmente, eu detesto assistir filmes em 3D, não pelos efeitos, mas pela dor de cabeça, pelos óculos e por não conseguir prestar atenção aos detalhes do filme. Sem contar que é um desrespeito com as pessoas que não podem assistir na versão tridimensional, por problemas de visão. Ou seja, tem que estar com muita vontade de assistir ao filme. 
Eu confesso que não assisti a nenhuma das versões anteriores do romance. Também não li o livro que é de leitura obrigatória nas escolas americanas, embora pretendesse, mas decidi ser surpreendida pela história. Não queria chegar ao cinema e ficar comparando, como geralmente faço. Fui ao cinema conhecendo a história, esperando pelo pior, mas com o coração aberto.
Versão de 1974, com Mia Farrow e Robert Redford
Por todos esses contras, eu amei o filme. Com o 3D, com o excesso, e com toda a incoerência, eu amei. Como disse no começo, as criticas negativas me fazem bem. Principalmente porque busco encontrar os pontos positivos daquilo que quero tanto conferir e que os outros não puderam falar. Carey Mulligan conseguiu (me) transmitir a ambiguidade da personagem, que te faz ama-la e também odiá-la. Leonardo DiCaprio estava sendo, bem, Leonardo DiCaprio (por que esse homem ainda não ganhou um Oscar?). E Tobey Maguire, também estava sendo Tobey Maguire, narrando a história e conduzindo o mistério por trás de o Grande Gatsby.
O recurso em 3D foi brilhantemente bem utilizado nas festas dadas no grande palácio de Gatsby, que nos passou as ideias de orgias e de toda aquela bagunça. Já a trilha, por mais que seja boa, foi coadjuvante. Foi boa, mas só. Digo isso, porque em outros filmes de Luhrmann a trilha sonora costuma ser personagem, de tão presente. O meu ponto negativo, fica nas cenas entre Gatsby e Daisy, afinal é uma história de amor. Acredito que deveriam ter sido mais bem exploradas, não pelos atores, mas pelo roteiro. As cenas nos fazem acreditar no amor entre os dois, mas não nos cativa. 
Por fim, o que posso dizer sobre o filme, sem fazer spoiler, é que é espetacular, como Baz Luhrmann deve ser.


Sandy Quintans
@sandyquintans

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