terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Especial de fim de ano do P! - Os mais lidos de 2013

Especial de fim de ano do P! - Os mais lidos de 2013
E pra terminar o ano com chave de ouro, chegou a hora de rever os posts mais lidos e visitados de 2013. A parte boa foi que depois de montarmos a lista, percebemos que muitos dos nossos posts preferidos eram os preferidos de vocês também. E que bom, não é? Com vocês, o nosso top 10:

1. Playlist do P! - Trilhas Sonoras que Amamos - Nesse post, reunimos nossas trilhas sonoras preferidas e selecionamos uma música de cada. O resultado foi uma playlist nostálgica e que pedia repeat no final. Vale a pena escutar de novo <3

2.  Look - O meu amigo secreto é o Paulão - Adoramos ver esse post nos mais vistos, já que foi o look que mais nos divertimos na hora de fotografar. E a história vale a pena ser relida. Ai que badalo!

3. DIY - Móbile de Tsurus, feito de papel e amor - Fizemos esse móbile lindo de Tsurus como decoração para o piquenique bonito de aniversário da Helen, mas que infelizmente acabou estragando. Mas não desistimos, fizemos outro ainda mais lindo e penduramos no quarto da Helen. Vem aprender a fazer que é amor demais!

4. Joana leu - Toda Sua, de Sylvia Day - A primeira resenha da Joana aqui no blog, e fez um sucesso danado! Foi em 2013 que a Joana entrou pro time Pronto,usei! e semanalmente posta uma resenha na coluna "Joana Leu". 

5. As Melissas da Helen - Ensaiamos fazer esse post durante anos, e eis que finalmente colocamos no ar! Antes tarde do que nunca. Esse post fez tanto sucesso por causa do nosso vídeo ao som de Footloose que foi parar até no site oficial da Melissa. Aperta o play e vem dançar com a gente!

6. MegaP!xel - A técnica e o gosto por detalhes de Rodrigo Torii - Durante o ano, a Helen preparou uma série de posts apresentando alguns novos fotógrafos daqui da região de Campinas. O Rodrigo Torii, além de ser sido apresentado nessa série, também foi um grande parceiro do P! na parte de fotografia. Aliás, também vale a pena conferir alguns dos ensaios desenvolvidos por ele em parceria com a Helen.  

7. Pratical Magic - Nesse post, a Helen fez um ensaio com a Beatriz e talvez tenha sido o que nós mais gostamos. Isso porque ela começou a se aventurar na parte de fotografia, além de continuar produzindo as modelos. O resultado foi um ensaio cheio de mistério, ruivice e sardas. 

8. Fragilidade - Outro ensaio fotografado e produzido pela Helen, dessa vez com a nossa modelo oficial do P!, a Renata. O resultado é divino. 

9. DIY - Marcador de página muito amor! - Um dos nossos primeiros tutoriais de artesanato aqui pro P!, E para loucas por livros como nós, é o DIY ideal. Além de ser prático, ainda é muito fácil de fazer. 

10. 10 coisas que descobri em Operação Cupido - A Sandy reuniu nessa lista 10 coisas que ela aprendeu com o filme preferido da infância dela. Sem dúvida, uma das melhores listas do ano. 

Adoramos relembrar o ano em posts. E vocês, se lembram quais foram os posts mais marcantes pra vocês?

Sandy e Helen Quintans
@prontousei

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Especial de fim de ano do P! - Wishlist de 2014

Especial de fim de ano do P! - Wishlist de 2014
Em clima de retrospectiva, montamos a wishlist mais legal de todas as wishlists que vocês já viram. Esqueça aquela roupa tendência, esqueça tudo isso. Aqui, nós queremos enriquecer, noivar do David Garrett, conhecer Paul McCartney. Convenhamos, a vida é muito curta pra perdemos tempo desejando coisas possíveis. Brincadeiras à parte, nossa wishlist não traz apenas aquilo que queremos comprar, ou ganhar, mas também coisas que desejamos realizar durante os 365 dias que estão pra vir em 2014.

Wishlist da Helen

1. Lente 30mm - Simplesmente necessito. O primeiro amigo que for pra Miami, vai ter q trazer pra mim, porque o preço de equipamentos no Brasil é sempre desanimador. 
2. Macbook Air - Tenho vários computadores aqui em casa e que somados não valem por um. Vivem travando e me irritando. E como boa parte do meu trabalho é no computador, preciso de um que realmente não me deixe na mão. 
3. Conhecer a Colômbia - Morro de vontade de conhecer esse país. Lá é cheio de feiras super coloridas, belas praias, biodiversidade. Pena que uma viagem pra lá é cara. 
4. Viajar pela Europa sozinha, no estilo Comer, Rezar, Amar -  Desde que assisti o filme ( tenho o livro e ainda não li, confesso ), morro de vontade de fazer uma viagem sozinha, para conhecer gente nova, experimentar culturas e ficar um tempo comigo mesma. 
5. Curso de Marcenaria - Eu e a Sandy somos as rainhas do artesanato. Sábado é sagrado, tiramos o estresse da semana pintando, lixando e criando coisas. Chegamos à conclusão de que está na hora de subir de nível, por isso um curso de marcenaria virá bem à calhar.
6. Curso de Maquiagem - Esse é um tipo de curso que será feito por necessidade e não por hobby. Como trabalho com Moda, é sempre uma luta conseguir maquiadores, por isso vou facilitar minha vida aprendendo eu mesma como maquiar minhas modelos.
7. Tirar carteira de motorista - Sim, eu não sei dirigir. Sim, eu tenho medo. Mas isso vai mudar. Vou tirar carta e parar de depender de carona, ônibus e táxi. 
8. Carro do porta-mala grande - A primeira coisa que eu farei quando minha carteira de motorista sair é comprar um carro que tenha um porta-mala super espaçoso. Nem que eu tenha que pagar em suaaaaaves prestações ( e provavelmente vai ter que ser mesmo ). 
9. Antonieta Zumbi - Com os figurinos de final de ano, minha marca ficou no limbo. Minha meta é fazê-la crescer em 2014. 
10. Tatuagens - Assim, no plural mesmo. Quero fazer a tatuagem de Melins ( coisa minha e da Sandy ), uma tattoo em homenagem ao meu coelho Armani e outras que estou com preguiça de explicar... haha!
11. Sobreviver à Dieta Dukan - Quero emagrecer, e se eu encontrasse uma lâmpada esse seria o primeiro desejo que faria ao gênio. Estou me preparando pra fazer a dieta Dukan e ainda não sei como vou viver sem carboidratos. Torçam por mim.
12. Ganhar na Mega Sena da Virada - Porque dinheiro não traz felicidade, mas manda buscar.
13. Ficar noiva do David Garrett - Meu príncipe encantado com certeza é o David Garrett e acho digno que ele me peça em casamento logo de uma vez.
14. Mudar para uma casa grande, com jardim e um carrossel - Minha casa ficou pequena faz tempo, preciso me mudar urgentemente. E pra unir o útil ao agradável que seja uma que tenha espaço pro meu Carrossel. 
15. Paint Zoom da Polishop - Apenas preciso desse pulverizador de tinta pra facilitar nos artesanatos.

Wishlist da Sandy

1. Coleção Harry Potter - Que raio de fã eu sou se não tenho todos os livros? Sério, estou me sentindo envergonhada.
2. Parafusadeira  e Furadeira - Porque parafusadeira é vida e se você faz artesanatos, vai entender que as coisas SÃO IMPORTANTES.
3. Curso de Marcenaria - Já estou imaginando nossas casas devidamente mobiliadas, com móveis planejados, como se madeira fosse de graça. <3
4. Tatuagens de Melin - Poderia se chamar "tatuagens", mas vamos as prioridades. Já que esse desenho tá na gaveta há anos. As outras fica pra uma outra wishlist.
5. Lojinha do P! - Outra coisa que está há anos na gaveta e que está implorando pra sair pra fora.
6. All Star vinho - Meu sonho sempre foi ter um All Star amarelo. Mas quando decidir comprar, cheguei a conclusão de que não seria um calçado muito prático. Daí fui procurar outras cores e <3
7. Caloi 700 - Como havia dito em outros posts, eu pedalo com a bicicleta antiga do meu namorado. Mas cá pensando com meus botões, fiquei com vontade de ter minha própria bicicleta e com uma cara mais de menina.
8. Delineador Gel da Mary Key - Minha irmã ganhou essa maravilha e depois de experimentar, eu amei.
9. Enriquecer - Claro, isso não podia faltar.
10. Show de First Aid Kit - Embora isso seja tão remoto quanto enriquecer, esse sonho não me sai da cabeça. Aliás, já sonhei literalmente com esse show várias noites, e olha, era bem bom.
11. E/ou do Arctic Monkeys - Já tá na hora de ver os meninos de Sheffield ao vivo, né? Aliás, leia esse tópico como show de qualquer banda/cantor que eu ame (pode ser do Eminem, pode ser Bruno Mars, pode ser Beirut, pode ser Belle and Sebastian...).
12. Tirar 10 no TCC - Em ano de TCC nós TEMOS que querer tirar 10.
13. Conhecer o Paul McCartney - Coloque esse tópico na minha wishlist da vida. Sério, acho que já passou da hora de nos conhecermos pessoalmente, né Paul? Vamos marcar um jantar qualquer hora dessas...
14. Macacão da Antonieta Zumbi - Helen, estou esperando você fazer pra eu comprar.
15. Assistir todos os filmes do Oscar, antes da premiação - Eu assisto ao Oscar desde...sempre. Mas é uma coisa tão rara conseguir assistir a todos os filmes antes da premiação, que resolvi me forçar a assistir pelo menos os indicados a melhor filme. Os outros, daremos um jeito. Mas por favor, preciso dar minhas opiniões logo.

Helen e Sandy Quintans
@prontousei

Joana leu: O perfume, de Patrick Süskind

Joana leu: O perfume, de Patrick Süskind
O perfume
Patrick Süskind
editora Record
219 páginas
"França, século XVIII. O recém-nascido Jean-Baptiste Grenouille é abandonado pela mãe junto a restos de peixes em um mercado parisiense. Rejeitado também pela natureza, que lhe negou o direito de exalar o cheiro característico dos seres humanos, pelas amas-de-leite e por instituições religiosas, o menino Grenouille cresce sobrevivendo ao repúdio, a acidentes e doenças. ainda jovem descobre ser dotado de imensa sensibilidade olfativa e parte em busca da essência perfeita, do perfume que lhe falta para seduzir e dominar qualquer pessoa. Nessa busca obsessiva, ele usurpa a essência dos corpos de suas vítimas."

Imagine ter a capacidade de sentir e memorizar todos os cheiros existentes no universo. Isso mesmo, Jean-Baptiste Grenouille nasceu com a incrível capacidade de registrar cada cheiro, de cada mínima coisa (ou pessoa) que conhecesse. Analfabeto, feio, manco, muito pobre e mal sabendo falar, essa sua habilidade foi aos poucos tomando conta de sua vida e fez com que Grenouille ficasse obcecado por conhecer todos os aromas do mundo.

O rapaz sofreu desde o dia de seu nascimento: a mãe, uma vendedora de peixe de uma feira, deu à luz Jean-Baptiste embaixo de sua barraca, largou o recém-nascido no chão, sem ao menos tocá-lo, esperando que ele morresse, como já tinha acontecido antes com seus outros filhos, mas, como vaso ruim não quebra, ele resistiu, e chorou, chamando a atenção das pessoas em volta, que o salvaram. A polícia prendeu a mãe, que foi enforcada mais tarde, e o bebê foi para um orfanato, administrado por um padre.

Esse padre era o responsável por encaminhar as crianças abandonadas para amas-de-leite, que ficariam responsáveis por alimentar e manter os bebês até que pudessem ser adotados por alguém. Estranhamente, a ama que ficou com Grenouille logo voltou para devolvê-lo ao padre, dizendo que o pequeno estava possuído pelo demônio, já que ele não tinha cheiro. O padre achou isso um absurdo, todo mundo tem cheiro, e tratou logo de se livrar dele, mandando-o para um lar onde uma mulher cuidava de diversas crianças abandonadas por um pequeno pagamento.

Jean-Baptiste passa a infância toda ali, até ser negociado com o dono de um curtume, para trabalhar lá. O jovem passa então vários anos fazendo de tudo naquele lugar, e vivendo da pior forma possível: comendo migalhas e dormindo num lugar horrível. Então um dia ele vai fazer uma entrega para um perfumista da cidade e se apaixona pela loja, com seus inúmeros aromas e ingredientes capazes de fabricar o mais fino de todos os perfumes.

Mas Grenouille não era apenas uma pessoa abençoada com essa capacidade de memorizar cheiros, mas também era perturbado mentalmente, e acabou se tornando um assassino, meio que sem querer e sem saber o que estava fazendo, mas um assassino.

Quando ele se depara na rua com um cheiro que ainda não conhecia, ele fica louco  para descobrir de onde ele vem, e vai seguindo aquele aroma até encontrar um linda jovem, que ele segue até conseguir alcançá-la numa rua e atacá-la, mas apenas com o intuito de sentir seu cheiro até gravá-lo na memória. Infelizmente, até inocentemente, ele a sufoca e ela morre.

A partir daí, o único objetivo de Grenouille é criar o perfume perfeito, o mesmo que ele sentiu naquela garota, e para isso ele não poupa nenhum esforço: passa a trabalhar para o perfumista como aprendiz, mas vira as noites desenvolvendo misturas que possam se aproximar daquele cheiro que ele se recorda como o melhor do mundo.

Na verdade, Grenouille é um doente: ele nunca teve uma vida normal, portanto, não se apega aos valores morais que todos nós seguimos. Algumas vezes o autor descreve um sofrimento por parte do protagonista, mas não é por conta de seus atos, nem devido as dificuldades que ele sempre teve que enfrentar, mas apenas e tão somente por ele não conseguir criar o perfume que ele tanto almejava.

Ao longo das suas tentativas, ele decide ir colhendo de diversas jovens o seu perfume natural, e para isso, ele desenvolve uma técnica de assassinato que não deixa nenhum vestígio, e que lhe permite 'colher' a essência natural de cada uma, recolhendo o aroma de sua pele e seus cabelos. Ele mata muitas garotas, e deixa uma cidade em pânico, com sua população acreditando estar sendo vítima de um serial killer inescrupuloso.

Claro que Jean-Baptiste é um assassino, e acaba se tornando uma matador em série, mas  ele não tem o desejo de matar, nunca teve; ele quer só recolher o cheiro das garotas e assim criar aquele perfume que ele imagina ser perfeito e único.

Há alguns detalhes da estória que mostram que Grenouille é bastante inocente na maioria das situações, e em alguns momentos é possível até sentir pena dele, mas, como acontece com todo assassino, ele precisa pagar pelos crimes que cometeu, e é nesse desfecho que somos surpreendidos pela imaginação do autor: o final do livro é interessante, empolgante e diferente. 

Duas observações finais: o livro foi adaptado para filme, que também é muito bom e não perde em nada para o original e o autor deve ser um maluco para conseguir imaginar uma estória como essa. Enquanto lia, isso ficou rondando minha cabeça e, como criadora de estórias, fiquei imaginando como ele teve a ideia de enredo, como construiu o personagem e deu a ele essa habilidade ímpar de memorizar cheiros. Tudo no livro é muito impactante, mas mesmo assim é uma leitura prazerosa. Tentar entender como funciona a mente do assassino e conhecer a sua perspectiva das coisas é muito interessante, e é uma forma diferente de analisar se um criminoso é culpado ou não por seus atos.

Enfim, o livro é ótimo, leiam. Se quiserem, assistam o filme, que, como eu disse, é tão bom quanto o livro, e mostra todos os momentos importantes da trama, sem deixar nada para trás.

Joana Masen
@joana_masen

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Playlist do P! - As canções natalinas

Playlist do P! - As canções natalinas
Finalmente chegamos no dia 24 de dezembro! Pensamos no quanto nos divertiríamos montando essa playlist de Natal. Isso porque amamos o Natal, as canções natalinas, o ritual e a reunião com a família. Aliás, quem nos acompanha pelo Instagram (da Helen, aqui e da Sandy, aqui), sabe que estamos nos preparando pra ocasião. Fizemos diversos artesanatos e caprichamos no papel de presente. Tudo pra que seja perfeito essa noite especial. E claro, que por ser um dia tão importante, não pudíamos deixar de aumentar um pouquinho a nossa playlist. Selecionamos 14 canções pra você entrar no clima natalino do Pronto,usei!.

  1. The Nightmare Before Christmas - What's This?
  2. Fun. - Sleigh Ride
  3. Miley Cyrus - Santa Claus Is Coming To Town
  4. Ron Sexsmith - Maybe This Christmas
  5. The Shins - Wonderful Christmastime
  6. She & Him - Have Yourself A Merry Little Christmas
  7. Panic! At The Disco - White Christmas 
  8. Maroon 5 - Happy Xmas (War Is Over) 
  9. Taylor Swift - Last Christmas
  10. Kelly Clarkson - Underneath the Tree
  11. Glee - Baby, It's Cold Outside
  12. Low- Just Like Christmas
  13. Coldplay - Christmas Lights
  14. The Beatles - Christmas Time is Here Again
E é com essas canções que o P! deseja a vocês um maravilhoso Natal <3.

Helen e Sandy Quintans
@prontousei

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Joana leu: O vampiro Lestat, de Anne Rice

Joana leu: O vampiro Lestat, de Anne Rice
O Vampiro Lestat
Anne Rice
editora Rocco
467 páginas
"A história de Lestat, um aristocrata que resolve ser ator na Idade Média, e torna-se vampiro por acaso. Conheça sua vida e todas as experiências que ele viveu ao longo dos séculos, e descubra como Lestat se tornou um ídolo do rock na atualidade."

Para quem, como eu, assistiu ao filme "Entrevista com vampiro", que teve como protagonistas Tom Cruise e Brad Pitt, e gostou, esse livro é imperdível. Aqui é possível conhecer toda a trajetória de Lestat (vivido por Cruise), desde adolescente até os dias atuais, quando ele se tornou um verdadeiro rockstar.

O jovem Lestat vivia com sua família decadente numa mansão muito antiga, e está em conflito com seus desejos de querer se assumir como um artista, contra a vontade de seu pai, ou ser um caçador implacável, atividade que ele basicamente já exerce, matando sozinho uma alcateia de lobos ferozes que está aterrorizando sua cidade. Depois de dar cabo dos animais, ele fica conhecido por todos os moradores, e acaba despertando o interesse de um jovem músico, Nicolas, por quem se apaixona gradativamente durante a convivência dos dois. Mas tarde, eles fogem para Paris, a fim de tentar a sorte no meio artístico: Lestat como ator de teatro e Nicolas tocando seu violino. É nessa época que Lestat consegue entrar para um trupe teatral e se apresentar quase todas as noites. Numa dessas sessões, ele vê uma figura estranha na plateia, que chama muito ma sua atenção, como que o hipnotizando. Ele descobre da pior forma que aquele homem é um vampiro, que acaba mordendo Lestat e o transformando também. Lestat passa a sofrer com seus desejos e sua sede de sangue, que o transformam num assassino cruel, ao mesmo tempo em que sua amizade com Nicolas vai sendo abalada; ele não pode revelar sua verdadeira condição ao amigo, e precisa se afastar tanto dele quanto de sua mãe, a única pessoa de sua família que sempre o apoiava e compreendia, por ser uma sonhadora romântica como o filho.

Lestat foge e sai pelo mundo em busca de conhecimento, tentando descobrir qual a razão de sua existência. Em alguns momentos a narrativa fica bastante lenta, principalmente nas partes em que Lestat encontra Marius, um vampiro muito velho, e que lhe conta como foi sua própria transformação e sobre a descoberta dos 'antigos', vampiros tão velhos que se tornaram praticamente estátuas. No final, toda essa estória de Marius acaba sendo importante para o desenrolar da estória de Lestat e seu crescimento como vampiro, ajudando o leitor a entender como ele se tornou o que ele é agora.

O desfecho do livro é incrível, e vale a pena toda a lentidão anterior: Lestat faz um show com sua banda de rock e, com atitudes surpreendentes, deixa a todos boquiabertos com suas revelações. Anne Rice consegue fazer o leitor prender a respiração nas últimas páginas, e mostra porque é a mais aclamada escritora desse gênero. Ela consegue envolver e emocionar com as reflexões de Lestat, e mostrar o quão profundos são seus sentimentos, seu amor pela vida, pela mãe e por Nicolas, e o quanto ele sofre por não poder ter uma vida normal como sempre sonhara.

Joana Masen
@joana_masen

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Especial de fim de ano do P! - Compras preferidas de 2013

Especial de fim de ano do P! - Compras preferidas de 2013
É claro que na série de posts de fim de ano não poderia faltar nossas compras de 2013 de que mais gostamos. Como dissemos no último post de "coisas", nós adoramos esse formato e é uma forma de compartilhamos nossas coisas mais pessoais. Especialmente nesse ano, devemos dizer que estamos de parabéns, já que compramos apenas o necessário. E sabem de uma coisa? Não sentimos falta. Por isso, no post de hoje reunimos nossas compras que mais valerem a pena, de uma Helen e de uma Sandy menos consumistas.  

Coisas da Sandy

1. Casaco lindo - Morar em um país tropical nos priva de abusar dos looks de inverno. Mas especialmente nesse ano, junho e julho nos trouxe bastante frio e não pude resistir a esse casaco. Além de ter sido uma ótima aquisição (barata, por sinal), ele é especial pra mim pois me lembra os casacos de Jordana e Oliver do filme Submarine (veja aqui). Ele não parece que é filho do casaco deles?

2. As vantagens de ser invisível - Ah! Esse livro fez o meu 2013 muito mais feliz. No fim do ano passado eu assisti ao filme por causa da Emma Watson e do Ezra Miller e acabei me apaixonando. Foi assim que decidi lê-lo. No começo desse ano corri na livraria e devo confessar que não esperava muita coisa de uma história adolescente. No final me senti infinita e grata por ter conhecido Charlie.

3. Oxford - Que me conhece sabe que detesto pés. Só saio de casa se os meus tiverem devidamente cobertos. Por isso sou adepta de sapatilhas, tênis e, claro, oxfords. Eu estou apaixonada por esse, além de ser confortável, ainda cai bem com tudo.

4. Coroa linda de flores - Lembra que no aniversário da Helen fizemos coroas de flores para os convidados? Eu também tive a minha e sério, ela é linda ♥

5. Celular - Depois de quase três anos com o mesmo celular, resolvi tomar vergonha na cara e comprei um novo. É claro que não é nenhum iPhone, mas como não ligo muito para tecnologia, estou bastante satisfeita.

6. Kobo - Nem preciso dizer mais nada, né? ok, que bom.

7. Batom Vermelho - Eu e Helen sempre pensamos que usar batom vermelho era uma coisa muito chamativa pra gente. Sabe quando achamos que uma coisa só fica bem nos outros? Caímos do cavalo e viramos adeptas do batom. Sério, não há nada que um batom vermelho não salve.

Coisas da Helen

1. Casaco clássico - Não sofremos muito com o inverno aqui em Campinas, mas esse ano eu precisei comprar um bom casaco pra dar um descanso ao meu preto velho de guerra. Num passeio pelo shopping encontrei esse na Marisa e em liquidação! Paguei muito, mas muito barato mesmo. Ele é bonito, quentinho e me deixa com cara de rica.

2. Fujifilm Instax - Queria uma desde o lançamento e quando meu amigo foi pra Miami fui logo pedindo pra trazer uma Instax pra mim. Ela me acompanha sempre nos passeios de domingo. Adoro e me divirto.

3. Lente Canon 50mm f/1.8 - Minha lente preferida. Todas as minhas fotos subiram de nível depois dela. Esse ano comecei a fotografar com mais frequência e a estudar mais. Já quero me aventurar com outras lentes, mas essa sempre terá espaço no meu coração.

4. Melissa Protection II Viviane Westwood - Adoro cowboy boots, adoro Melissa e adoro Viviane Westwood. Precisa falar mais?

5. Ipad - Finalmente comprei um tablet. Na meu trabalho ele é muito útil porque estou sempre precisando mostrar referências visuais para clientes. Somos inseparáveis e confesso que não sei como consegui viver tanto tempo sem ele.

6. Batom Really Red Mary Kay - Fui numa palestra da Gloria Kalil e conheci uma moça linda que estava usando o batom vermelho mais bonito que eu vi na vida. Ficamos amigas e ela logo me deu o nome do batom. Depois disso minha vida mudou. Não saio mais de casa sem meu batom vermelho poderoso.

7. Caderneta de Fotógrafa -  Eu tenho uma coleção de caderninhos de todos os tipos e tenho vários Moleskines que morro de dó de usar ( vai entender! ). Essa aí é uma caderneta, estilo Moleskine, que comprei no SESC. Desde então ela é minha companheira de fotografia. Anoto minhas ideias, faço esboços de composições, anoto técnicas que quero lembrar depois... Ela não sai de dentro da bolsa da minha câmera.

Há algum tempo atrás tive que fazer terapia porque tinha compulsão por compras, um dos reflexos da depressão séria que tive.  Era terrível, eu comprava coisas que não precisava, estourava minhas contas, sofria de remorso depois. Nem tenho cartão de crédito desde então porque morro de medo de recaída e, quando preciso de um, uso o da Sandy.  2013 foi a prova de que me curei. Fiz compras inteligentes, utilizei o que já tinha no guardarroupa. E devo dizer que estou muito feliz e orgulhosa com essa mudança de comportamento. 

Sandy e Helen Quintans
@prontousei

Playlist do P! - Tá chegando o verão...

Playlist do P! - Tá chegando o verão...
Em clima de férias, de correria e de calor, eis que o verão está prestes a bater em nossa porta. Depois termos feito a playlist de primavera (primavera, primavera), não poderíamos deixar de fora uma playlist da época mais dançante do ano. Vem que tá a cara da estação que chega aqui no próximo fim de semana.

1. Marcelo Jeneci – Felicidade
2. Hall And Oates - You Make My Dreams Come True
3. The Head and the Heart – Summertime
4. Lulu Santos - Como uma onda no mar
5. She & Him - In The Sun
6. The Beatles - Here Comes The Sun
7. Caetano Veloso - Samba de verão
8. Super Furry Animals - Hello Sunshine
9. Jack Johnson - Surf Song
10. Charlie Brown Jr. - Como Tudo Deve Ser
 E como é de costume, obviamente não poderíamos deixar essa bônus track pra trás:


Sandy e Helen Quintans
@prontousei

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

DIY - Capa bonita para e-reader ou tablet

DIY - Capa bonita para e-reader ou tablet
Esse, sem dúvida, é o tutorial mais trabalhoso que já fizemos e também um dos melhores. É trabalhoso, mas garantimos que é fácil e o resultado é perfeito. O Kobo da Sandy estava precisando de uma capa. Como ela o carrega o tempo todo na bolsa, ele corria sério risco de estragar. Mas ao invés de comprar uma, decidimos fazer uma capa bem bonita, que irá servir tanto para e-readers quanto para tabletes. Com tabletes ainda não testamos, mas pretendemos em breve, pro iPad da Helen. 
O Papel paraná é super fácil de encontrar e geralmente vende em papelaria. Além disso é um ótimo investimento, porque com certeza você irá fazer capa para todas as coisas que precisam de capa com ele. 
A primeira parte do processo é medir o Kobo (ou o tablete) no papel paraná. Você irá precisar cortar quatro partes maiores e duas fininhas (1). Como o papel é bastante firme e grosso, nós cortamos com uma guilhotina, mas é possível cortar com um bom estilete. Depois, passamos cola no papel craft (2) e colamos no tecido (3). Faça isso, nos dois tecidos (4) - o tecido que ficará fora e o que ficará dentro. O próximo passo é colar os tecidos nos recortes de papel paraná (5), sempre lembrando de deixar um espacinho entre as partes para poder fazer as dobras (6). Importante: na capa que ficará pela lado de fora, cole as três partes do papel, porém na parte que ficara pra dentro, encape separado. Dobre as sobras e cole (7, 8, 9 e 10). Agora é hora de prender o elástico, que é o que vai segurar o Kobo dentro da capa. Por isso, meça qual é o melhor lugar para prendê-lo (11) e cole (12). Cole a fita que irá servir como fecho (13 e 14). Se quiser, também pode usar um elástico, como em um Moleskine. Por último, junte as duas partes (15) - a capa de fora e a dentro. 
E assim que ele fica aberto ♥

Sandy e Helen Quintans
@prontousei

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Joana leu: Os desejos da Bela Adormecida, de Anne Rice

Joana leu: Os desejos da Bela Adormecida, de Anne Rice
"Os desejos da Bela Adormecida"
Anne Rice
editora Rocco
349 páginas
"Sob o pseudônimo de A. N. Roquelaure, Anne Rice reimagina a história de Bela e expõe toda a subjetividade deste conto que povoa a imaginação coletiva, explorando sua ligação inegável ao desejo sexual. Aqui, o príncipe desperta Bela não com um beijo, mas com a iniciação sexual. Sua recompensa para acabar com os cem anos de encantamento é a escravidão total e completa de Bela a seu prazer. A heroína é levada para o castelo do príncipe, onde terá de se submeter a provações inimagináveis como prova da sua entrega e dedicação."

Minha relação com esse livro foi difícil, desde as primeiras páginas, pois não gostei do rumo que autora estava dando à trama, e foi complicado escrever a resenha.

Todo mundo comentando sobre um livro hot escrito pela criadora das melhores estórias de vampiro de todos os tempos, e eu achando que ia ser uma coisa mais na linha de "Toda Sua"... ledo engano. Não sei por quê cargas d'água Anne Rice decidiu escrever essa estória, mas acho que ela deveria ter continuado a falar sobre um tema que ela já dominava.

Já no início do livro, um príncipe lindo e maravilhoso, como todos os príncipes de contos de fadas, decide que vai entrar no castelo onde estão muitas pessoas adormecidas, todas atingidas pelo mesmo feitiço que condenou Bela a dormir por 100 anos, e todo o blá blá blá que já conhecemos da estória original da Bela Adormecida. Então, ele entra no castelo e encontra o quarto da princesa que furou o dedo no fuso, a vê deitada na cama, dormindo passivamente e acha que seria legal fazer sexo com ela! E se não fosse estranho o bastante o príncipe curtir uma necrofilia, eis que Bela acorda repentinamente durante o ato e não reclama, não faz um escândalo, não grita nem morde aquele cara estranho que está em cima dela! E o pior, ela gosta!

Esse príncipe tarado-necrófilo-maluco diz a Bela que a partir daquele momento ela seria sua escrava particular e que não deveria mais usar roupas nem discutir suas ordens, já que ele fez o favor de livrá-la da maldição tão delicadamente. Os demais moradores do castelo que estavam dormindo também acordam, e o príncipe explica para o pai de Bela que vai levá-la para seu reino para ser sua escrava como pagamento por ele ter quebrado o feitiço que os mantinha dormindo, e ele aceita.
A partir daí, Bela sofre todo tipo de humilhação imaginável, desde a exposição pública de seu corpo nu até ser espancada por uma jovem que nunca tinha visto antes para simples deleite do príncipe. O costume de seu reino é manter os príncipes e princesas de reinos vizinhos como escravos sexuais, sob a alegação de que isso vai educá-los para a vida e para exercer suas futuras obrigações. Considerando que é uma estória erótica, isso é aceitável, mas a forma como esses escravos vão sendo tratados ao longo da narrativa foi um pouco exagerada para mim.

Estando nos domínios de seu "dono", Bela é espancada o tempo todo, com palmatórias e chicotes, é obrigada a andar sempre de quatro, despir, banhar e vestir seu príncipe, pentear seus cabelos, lhe servir vinho e comida - tudo isso usando a boca, já que não pode usar as mãos - e ainda lhe satisfazer sexualmente quando ele achar que deve. Isso foge totalmente do que considero uma estória sensual ou erótica, e que fala sobre sexo, sobre práticas sexuais não tão comuns à maioria das pessoas: aqui, o que se destaca é a humilhação do ser humano, o sofrimento infligido aos escravos que os obriga a viver em condições piores que os animais, com o intuito de que esse tratamento seja disciplinador. Se a princesa Bela passou anos dormindo, ela realmente precisaria ser disciplinada? Aparentemente, ela nem teve tempo de ser rebelde ou mal educada.

Já achei terrível imaginar uma pessoa sendo obrigada a andar sem roupa por todos os lugares, sendo exibida como um pedaço de carne, mas ficou ainda pior quando Bela começou a gostar daquela vida, sentir necessidade de ser espancada (e estou falando aqui de muitos golpes de palmatória, pelo corpo todo, sem pena, e não das surras que Christian dava em Ana em "Cinquenta tons de cinza") para agradar seu príncipe, tudo isso para dar vazão ao seu próprio desejo sexual, que não sabia como controlar.

Dentre os castigos e punições a que eram submetidos os escravos estavam uma corrida, como se fossem cavalos, com um tipo de arreio para que seu condutor os controlasse enquanto o acertava sem parar com um chicote, e uma sessão de tortura com correntes, onde eles eram pendurados com o sexo à mostra, braços e pernas presos e bocas amordaçadas. Em outras ocasiões eles eram abusados sexualmente, como quando um deles foi estuprado por um cavalariço e foi obrigado a fazer sexo oral em inúmeros homens seguidamente, engolindo o esperma de todos ele sem pestanejar. E aí eu me pergunto: o que há de sensual nisso???

Para apimentar a trama, Bela acaba se apaixonando pelo servo particular da rainha, o príncipe Alexi, que foi um escravo rebelde durante muito tempo, até se acostumar com o tratamento que recebia e se convencer de que deveria agradar a rainha e satisfazer todos os seus desejos, ainda que isso significasse apanhar constantemente.

O livro termina sem concluir a estória, deixando-a em aberto e com uma outra situação começando a se desenvolver, quando Bela foge de seu príncipe e é transferida para um lugar que eles chamam de 'vila', onde, aparentemente, os castigos são ainda piores que os aplicados no castelo. Como o livro faz parte de uma trilogia, acredito que a estória de Bela e Alexi vai crescer nos próximos volumes.

Apesar de gostar de Anne Rice e de seu estilo de escrita, não consegui gostar desse livro em momento algum, mas também não o abandonei antes do final, por que não sou de fazer isso e queria ver até onde iria todo aquele absurdo. Não recomendo o livro para pessoas que, como eu, acham que esse tipo de prática sexual descrito por Rice é exagerado e não tem nada de erótico. Mas se a curiosidade for maior que a repulsa, vá em frente, leia e depois volte para me contar o que acho.

Joana Masen
@joana_masen

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Joana leu: Cidade dos Ossos, de Cassandra Clare

Joana leu: Cidade dos Ossos, de Cassandra Clare
Os instrumentos mortais - Cidade dos Ossos
Cassandra Clare
editora Galera Record
462 páginas
"Um mundo oculto está prestes a ser revelado... Quando a jovem Clary decide se divertir numa discoteca, ela nunca poderia imaginar que testemunharia um assassinato - muito menos um assassinato cometido por três adolescentes cobertos por tatuagens enigmáticas e brandindo armas bizarras. Clary sabe que deve chamar a polícia, mas é difícil explicar um assassinato quando o corpo desaparece no ar e os assassinos são invisíveis para todos, menos para ela. Tão surpresa quanto assustada, Clary aceita ouvir o que os jovens têm a dizer... Uma tribo de guerreiros secreta dedicada a  libertar a terra de demônios, os Caçadores das Sombras têm uma missão em nosso mundo, e Clary pode já estar mais envolvida na história do que gostaria."

Foi tanta expectativa criada em torno desse livro (e depois, do filme), que acabei não gostando muito dele. Até certa altura, a estória é bem interessante, mas depois do que deveria ser o ápice desse primeiro volume da série, a narrativa caiu num lugar comum desanimador.

Quando Clary vê três jovens belíssimos, cheios de tatuagens estranhas e carregando armas bem incomuns, matarem um rapaz dentro de uma boate lotada, ela fica apavorada e quer comunicar o crime à polícia. Mas enquanto tenta processar a cena que viu, ela acaba descobrindo que só ela pode ver os assassinos, e mais ninguém. Aparentemente, essa situação também é estranha para eles, que não esperavam ser vistos ali. Os jovens então fogem da boate e o corpo do adolescente de cabelo azul desaparece sem explicação.

Então, com a cabeça cheia de dúvidas, Clary também se desentende com a mãe super protetora, e sai de casa com o amigo inseparável Simon. Inesperadamente, um dos três jovens da boate aparece, e novamente, só Clary pode vê-lo. Nesse momento a mãe de Clary telefona e pede para que ela não volte para casa, o que causa estranheza na adolescente, que sai correndo para ver o que se passa com Jocelyn. Jace (esse é o nome do rapaz "invisivel") a acompanha e, chegando em casa, percebe que foi bom ficar ao lado de Clary, pois ela se depara com um demônio conhecido como Ravener e não encontra sua mãe na casa. Jace se identifica como um Caçador de Sombras e passa a ajudar Clary na busca por Jocelyn.

A partir daí Clary começa a descobrir sentimentos estranhos, que se confundem com lembranças remotas que ela nem sabia que tinha: marcas estranhas na pele, lugares e pessoas das quais ela não se lembra, e tudo vai ficando cada vez mais familiar na presença dos Caçadores de Sombras.

Clary vai com Jace para o Instituto, um lugar onde os Caçadores são educados e treinados, mas lá só estão Isabelle, seu irmão Alec, seu instrutor Hodge e o próprio Jace, que passam a explicar para Clary sobre o mundo que nem ela nem outros mundanos - ou humanos - não podem ver: cheio de bruxas, demônios, vampiros, lobisomens, anjos e todo o tipo de criaturas imagináveis. Mesmo chocada com tanta informação, Clary se mantém firme no propósito de encontrar sua mãe, e vai usando esse novo conhecimento para tentar descobrir onde ela está.

A estória gira em torno da clássica luta entre o bem e o mal, com um único homem que quer comandar tudo e todos, tentando obter o poder de criar novos Caçadores de Sombras para servir a seus intuitos. Para isso, Valentine precisa da Taça Mortal, o objeto que lhe concede esse poder. A taça sumiu há anos e ninguém na Clave sabe onde ela está. Aos poucos, Clary vai juntando pequenas peças e acaba desvendando esse e outros mistérios.

Em paralelo à busca pela Taça e por Jocelyn, começa a nascer um pequeno romance entre Clary e Jace, apesar da resistência do rapaz que sofreu demais com a perda do pai e tem dificuldades de se relacionar abertamente com outra pessoa. A primeira dificuldade que eles enfrentam é Simon, que se declara apaixonado por Clary e causa muito ciúme em Jace. E tudo ainda fica pior...

Gostei da forma como a Taça Mortal foi escondida, e também dos vampiros, bem clássicos, que não podem sair ao sol e bebem sangue, como tem que ser. Mas gostei principalmente dos Irmãos do Silêncio: imaginá-los me causou arrepios, assim como os dementadores da série Harry Potter: eles são guardiões muito antigos e poderosos que têm as bocas costuradas e não falam através delas, mas emitem uma voz assustadora.

O desfecho desse livro foi um ponto fraco para mim: assim que Jace se vê numa situação que pode mudar totalmente sua vida, a estória fica meio monótona, com o rapaz tentando convencer Clary de que ele está do lado certo. As revelações feitas por Valentine deixam no ar uma sensação de que ele pode ser muito pior do que se imaginava, ou apenas uma vítima de uma grande farsa envolvendo muito mais pessoas.

O peso de todas essas decisões e informações duvidosas causam um efeito devastador em Clary e Jace, que terminam sem entender seus próprios sentimentos e sem saber como agir diante da nova situação que se desenha. Mesmo tendo o apoio do amigo Simon, que é decisivo em momentos importantes da estória, de Isabelle e Alec, e até de Luke, velho amigo da mãe de Clary, eles têm que decidir por si mesmos se aceitam sua nova condição passivamente ou se vão lutar para descobrir a verdade que ficou enterrada num passado distante.

O livro é médio, tem um começo bem empolgante, mas se perde no final. Sei que ele tem continuação e que nada foi  definido aqui, mas a estória teve um início tão interessante que eu esperava que continuasse até o último parágrafo. Veremos no próximo volume que rumo essa trama vai tomar.

Joana Masen
@joana_masen

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Playlist do P! - Os discos do nosso ano

Playlist do P! - Os discos do nosso ano
Já que estamos em clima de retrospectiva, hoje decidimos trazer os discos que mais ouvimos em 2013. Foi beeem difícil selecionar, já que nós duas somos seres musicais e ouvimos muitos discos esse ano. Sem contar que 2013 foi repleto de lançamentos, desde bandas que já gostávamos até as coisas novas. Depois de muito debate, escolhemos uma canção de cada álbum, dentre nacionais e internacionais, e o resultado você confere aí em baixo. Vale lembrar que nossas recomendações são para os álbuns completos ♥
1. Arctic Monkeys - Do I Wanna Know? -  Álbum: AM
2. Thiago Pethit – Moon - Álbum: Estrela Decadente
3. Lorde – Royals - Álbum: Pure Heroine 
4. Arnaldo Antunes - A Casa é Sua - Álbum: Ao Vivo Lá em Casa
5. She & Him – Baby - Álbum: Volume 3
6. Soulstripper - A Ruiva - Álbum: As Garotas e Todos os Problemas Que Vem Com Elas
7. Paul McCartney – New - Álbum: New
8. Phill Veras – Vício - Álbum: Valsa e Vapor
9. The Lumineers - Dead Sea - Álbum: The Lumineers
10. Nana – benjamim - Álbum: Pequenas Margaridas
Sandy e Helen Quintans
@prontousei

Especial Fim de Ano do P! - 2013 em 10 coisas.

Especial Fim de Ano do P! - 2013 em 10 coisas.
Adoramos dezembro e todo o clima de confraternização e de promessas de fim de ano. Por isso, durante esse mês, faremos posts especiais para compartilhar nossos melhores momentos com vocês. Esperamos que gostem e se divirtam.
Mesmo amando essa época do ano, percebemos que em quatro anos de blog, nós nunca fizemos nenhum balanço dos nosso anos e do que acontece com a gente. E como já dizia o ditado, antes tarde do que nunca, não é mesmo? Listamos dez coisas (cada uma) contando um pouco sobre as coisas que marcaram o nosso ano, sobre as coisas que gostamos e o sobre o que fizemos. E olha: ficou muito legal. 

2013 da Helen
1. Antonieta Zumbi - A partir de um trabalho interdisciplinar da faculdade de Moda, a marca Antonieta Zumbi saiu da gaveta e se tornou real. Confeccionei algumas peças, fotografei e mesmo engatinhando, temos grandes planos para 2014.
2. Fotografia - Perdi o medo da câmera, peguei gosto e fotografei bastante em 2013. Gostei tanto que em 2014 começo uma faculdade de Fotografia.
3. Rockabilly -  Dancei bastante esse ano e conheci pessoas muito legais. 
4. Circo - As aulas de circo me fizeram muito feliz e eu me apaixonei pela Lira e o Trapézio. Conheci pessoas muito especiais e mal posso esperar pelo próximo ano.
5. Acordeon - Meu acordeon enfim saiu da caixa para ser tocado por mim. Comecei as aulas e descobri que Teoria Musical é mais difícil que Física Quântica. Mesmo assim amo e não sei mais viver sem.
6. De Repente é Cordel - Participei do projeto De Repente é Cordel, idealizado pelo meu irmão e que teve parceria com o Sesc Campinas. Foi corrido, trabalhei bastante, mas foi tudo muito especial. Tive o prazer de conhecer grandes artistas nordestinos como o Chico Pedrosa, Socorro Lira e Severino Borges.
7. Produção de Moda - Perdi as contas de quantos ensaios fotográficos produzi esse ano. O que sei é trabalhei com excelentes profissionais ( pelo menos a maioria era haha! ).
8. Figurinos - 2013 foi um excelente ano para minha carreira de figurinista. Eu e minha mãe trabalhamos bastante em figurinos para teatro, ballet, cantores... Foi bem divertido e cansativo.
 9. Zero Dois - No aniversário do meu sobrinho Pedro, da cartola de um mágico, saiu o Zero Dois, o coelho mais fofo e travesso do mundo ( depois do Armani, claro ). Adotamos e hoje ele é a alegria da casa. 
10. Protestos - Fui às ruas nas manifestações desse ano contra o aumento da passagem de ônibus. Saí de casa engajada a gritar nas ruas pelos meus direitos, porém me decepcionei com o rumo que os protestos tomaram. Muita violência, muito vandalismo e pouca consciência política.

O 2013 da Sandy
1. Livros - De todas as coisas que me aconteceram em 2013, a melhor foi eu ter conseguido retomar o meu hábito de leitura. Eu sempre li muito, mas nos últimos anos eu andava lendo bem pouco e estava morrendo de vontade de ler com mais regularidade. Duas coisas me fizeram pegar firme na leitura: a primeira foi começar a ler livros pro público teen. Por eles serem mais fáceis de ler e leves, sempre me distrai. Agora criei uma rotina de leitura: revezo livros teens, que me descansam dos problemas,  e livros mais sérios, que me fazem pensar. A segunda coisa que me ajudou a retormar o hábito, foi o Kobo (que já tá virando celebridade aqui, haha). Agora posso ler muito mais, porque dá pra achar vários livros de graça e posso carregá-lo pra todo lugar por ser levinho, levinho. Espero que em 2014 eu possa ler muito mais.
2. Dengue - Um pouco depois que as aulas começaram, comecei a sentir sintomas estranhos. Era como uma gripe bem forte, só que com dores atrás dos olhos e muito cansaço. Depois de insistirem pra eu ir no médico, acabei cedendo e descobri que podia estar com dengue. Depois de três semanas recebi a confirmação e já estava tudo bem. Por sorte, reagi como esperado e tudo terminou numa boa. Mas não recomendo pra ninguém, ok?
3. Louca da faculdade - Esse ano também foi o ano em quase enlouqueci na faculdade. Apesar de adorar, foi bem puxado. Nunca tive tantos trabalhos pra fazer, mas tudo valeu a pena.
4. Aparelho -  Confesso que o começo do ano não foi muito bom em termos de saúde. Um belo dia minha boca travou e quase não abria. Resultado: descobri que tinha problemas na ATM e ganhei dois aparelhos móveis pra consertar o problema. Eles me acompanham durante todo o dia, e apesar de ainda não abrir a boca totalmente, já não sinto dores.
5. Estágio novo - Ainda no primeiro semestre do ano, resolvi mudar de estágio. As coisas já não estavam indo bem no estágio antigo e um dia decidi que não queria mais continuar. Conversei com meu chefe e sai. No dia seguinte recebi um email dizendo que eu tinha conseguido uma vaga de estágio em  um concurso que tinha prestado. E sabe, estou lá até onde e contente pela minha decisão. Ás vezes, as coisas simplesmente tem que ser, né?
6. Protestos - Em  junho resolvemos que era hora de ir pras ruas, e tenho orgulho de ter ido. Mesmo com todos os problemas que encontrei lá.
7. Problemas e Soluções - 2013 foi um ano bastante conturbado. Foi problema surgindo atrás de problema coisas que não valem a pena comentar. Mas esses dias eu estava pensando que tudo teve o seu lado bom: tudo foi resolvido ou está encaminhado para isso. E sou grata, porque triste mesmo é ter problema sem jeito.
8. Bicicleta - Meu namorado é apaixonado por bicicletas e é, praticamente, o seu meio de transporte. Nesse ano, ele decidiu comprar uma nova e me deixou usar a antiga dele. Agora estou me aventurando nos finais de semana. Quem sabe com as  férias da faculdade, eu não consiga praticar mais, né? #fériasdasaúde
9.Tatá -  Também foi o ano que a Tatá (minha cachorrinha de 13 anos) quase me matou de tristeza. Ela ficou muito doentinha e quase não resistiu. Depois de muita torcida, do carinho de todos e da veterinária, agora ela está ótima. Ainda ficou com uma sequelas, e terá que tomar remédio sempre, mas está saudável e feliz como sempre foi.
10. Começo do TCC - Ano que vem é meu último ano da faculdade até que enfim, e claro, de TCC. Passei o ano pensando nesse projeto e discutindo minhas ideias com a minha dupla. Agora, no finzinho do ano, conseguimos decidir os detalhes e já sabemos o que vamos fazer. Hora de começar a correr atrás e a colocar o trabalho em prática. Me desejem sorte.

Sandy e Helen Quintans
@prontousei

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

DIY - Fones de ouvido com pérolas e com amor

DIY - Fones de ouvido com pérolas e com amor
Depois de séculos sem postar nenhum tutorial, finalmente conseguimos fazer um. E modéstia parte, um dos mais legais que já fizemos. Depois que a Helen fez aquele fone de spikes  pro editorial da Antonieta Zumbi, ela ficou matutando diversas versões pra gente fazer. Um dia ela apareceu com essa ideia e logo já colocamos em prática. É um tutorial muito fácil e um pouco trabalhoso também, mas o resultado compensa, né?
O maior gasto deste tutorial está nos fones de ouvido, porque de resto é tudo baratinho. Se já tiver os fones, melhor ainda.
Pra fazer esse DIY, nós usamos feltro para colocar as pérolas, por ser mais fácil e também para o caso de acontecer algum erro. Recortamos dois círculos de feltro do tamanho do circulo do fone (1 e 2). Com a cola de precisão fomos colando pérola por pérola em círculos, pra ficar mais organizado (3). Com os dois círculos prontos, colamos na lateral do fone, também usando a cola de precisão (4 e 5). Por fim, fizemos mais uma fileira de pérolas em volta do círculo de feltro pra fazer o acabamento (6). Muito fácil, né?
Sandy e Helen Quintans
@prontousei 

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Hot n' Cold - Um ensaio de moda inspirado na TPM da Katy Perry

Hot n' Cold - Um ensaio de moda inspirado na TPM da Katy Perry
Edward Zulawski é um dos meus fotógrafos preferidos, aqui de Campinas. Gosto muito da forma cinematográfica que ele pensa suas fotos. Fiquei super animada quando ele me convidou para produzir o ensaio Hot n' Cold, porque a proposta era bem diferente do que estou habituada a fazer. 
Inspirado na música da Katy Perry, Edward quis retratar da forma mais natural possível a privacidade de uma garota na TPM.  O resultado é um ensaio super sensível e verdadeiro. 

Fotógrafo: Edward Zulawski
Modelo: Andrea de Lima
Stylist: Helen Quintans
Produção: Edward Zulawski e KâmilaVieira

Helen Quintans
@helenquintans

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Joana leu: Machu Picchu, de Tony Bellotto

Joana leu: Machu Picchu, de Tony Bellotto
"Machu Picchu"
Tony Bellotto
editora Cia das Letras
120 páginas
"O Rio de Janeiro vive o maior congestionamento de sua história. Em meio às filas intermináveis de carros, Zé Roberto e Chica, cada qual num canto da cidade, tentam voltar para casa, onde vão comemorar seus dezoito anos de casamento. É a oportunidade perfeita para ambos repassarem os últimos meses de suas vidas. Para Zé Roberto, isso significa pensar em W19, a garota que conheceu no Facebook e com quem vem praticando sexo virtual há algum tempo. Sem nunca tê-la encontrado pessoalmente, ele nutre uma saudável obsessão pela menina, com quem agora quer se encontrar. Chica não é muito afeita às redes sociais, de modo que seu caso com Helinho, colega de trabalho, se dá entre lençóis e não por uma câmera de computador. Mas ela está confortável: em casa, o marido que ama, a família e a vida que escolheu; no escritório, o amante divertido e bom de cama, que pode ou não estar apaixonado por ela. Junte a isso um filho maconheiro, uma ex-mulher psicótica, uma filha ausente e meio perdida e uma afilhada misteriosa. Essas são as peças de que Tony Bellotto precisa para armar uma comédia de costumes incomum e perfeita para os nossos tempos. Seguindo a trilha de seus últimos romances, Bellotto cria um divertido painel da nova família brasileira, desconjuntada e esquizofrênica como costumam ser as melhores famílias. Com seu tabuleiro montado, o autor transforma o jantar de aniversário de casamento num acerto de contas cômico e frenético, um grande teatro do absurdo, tão surpreendente quanto próximo de todos nós."

O romance entre Zé Roberto e Chica começou de forma inesperada e foi perfeito. O casamento também era bom: tinham um filho e acabaram ficando também com a primeira filha de Zé Roberto, uma gravidez acidental de sua ex-namorada modelo totalmente maluca. Essa mesma mulher, anos mais tarde, teve outra filha com um homem misterioso, que vivia no mar, que também foi morar com a família.

Chica é bióloga, tem um ótimo emprego e uma família feliz. Até que encontra Helinho, colega de trabalho, com quem se envolve e acaba tendo um caso. Ela às vezes se sente mal com isso, mas não pensa em terminar o casamento de tanto tempo para assumir seu amante. A situação está boa assim: ela e o marido têm um bom relacionamento, a vida sexual não é ruim, e ela ainda realiza suas fantasias com Helinho, por quem pensa estar apaixonada. Chica acredita que essa paixão melhora se estado de espírito.
Já Zé Roberto é aquele cara que curtia bastante a vida de solteiro e sonhava em ser fotógrafo, mas se casou e acabou abrindo mão do sonho para se tornar advogado, como queria seu pai. Essa decisão nem sempre lhe causava arrependimentos, e ele também estava feliz com o casamento e a família meio torta que construiu com a esposa. Então, num dia como outro qualquer ele recebe um email de W19, uma jovem linda e que parece se interessar por ele, além de, coincidentemente, possuir os mesmos gostos musicais que Zé. A partir daí, ele, que nunca foi muito afeito a tecnologias, cria uma conta no Skype para conversar com a menina, e começam a praticar sexo virtual: ela se exibe em frente a câmera enquanto ele se masturba escondido em seu escritório.

No dia em que o casal completaria 18 anos de casados, cada um volta para casa em seu próprio carro, a fim de chegar a tempo para o jantar de comemoração, mas pegam o pior congestionamento da história da cidade do Rio e ficam parados no meio do caminho. Essa é hora perfeita para começarem a rever seu casamento e repensar se o que estão fazendo é certo ou errado.
Ambos os personagens passam por seus  momentos de reflexão, tentando entender o por quê de seus atos, e procurando uma forma de justificar suas traições, sem que tenham que abandoná-las e sem que elas interfiram no bom andamento do casamento. Essas são as melhores partes do livro, em que o autor consegue criar um retrato das famílias atuais e fazer algumas críticas ao modelo social em que vivemos, onde, na maioria das vezes, cada um pensa apenas em si mesmo e em sua satisfação pessoal, mas tenta manter a imagem de que tem uma família perfeita, uma vida impecável e que nunca comete erros.
Para engrossar ainda mais o caldo da estória, temos os filhos, cada qual com sua peculiaridade: Claudinha, a mais velha, filha de Zé Roberto com a ex-modelo, está namorando um pagodeiro e anda meio distante da família; Rodrigo, único filho do casal, fuma maconha e acredita que ninguém sabe, até que seu pai o flagra no ato, mas, ao invés de brigar com o menino, se junta à ele e começam a fumar juntos; e a estranha Anita, filha da super modelo, que diz ter uma conexão quase espiritual com o pai misterioso, e vive entrando em contato com ele mentalmente, descrevendo com detalhes os lugares por onde ele está velejando.

O clímax da narrativa se dá quando o casal consegue chegar em casa para o esperado jantar de aniversário, e nada dá certo: a visita inesperada da mãe de Anita acaba com os planos dos protagonistas, e ela diz estar ajudando Zé Roberto e Chica a colocarem tudo em pratos limpos para reestruturar o casamento, apelando para métodos pouco ortodoxos.

Entre drama e comédia, o autor consegue encaixar todas as peças, levando os personagens a encarar seus medos, seus defeitos e a tentar encontrar soluções para seus problemas, ainda que tenham que pagar um alto preço por isso. O final é divertido e só na última página o leitor descobre o que a cidade de Machu Picchu tem a ver com o enredo do livro (além de estar estampada na capa).

Mais um ótimo romance escrito por Tony Belloto, com linguagem simples, leitura rápida e parágrafos que intercalam os pensamentos dos personagens, dando ritmo a estória e prendendo a atenção do leitor, que mais uma vez não consegue para antes de chegar ao final. O livro é curtinho e sua mensagem é direta: estamos nos sentindo sozinhos em meio a uma multidão e precisamos voltar a viver em sociedade.

Joana Masen
@joana_masen

Playlist do P! - Anos 90

Playlist do P! - Anos 90
Ah! Anos 90. Aquela época da vida que nós achávamos que éramos o auge da modernidade. Que todo mundo se achava livre e que o mundo começou a ficar todo conectado. Que a gente curtia a fossa procurando as músicas nas rádios e ainda gravava  fitas que saiam com a voz do locutor no meio da música e ó: achávamos que estávamos abafando. Aquela década que tudo bem usar faixinhas de cabelo ridículas nos shows com o nome dos artistas. Aquela década que quem tinha walkman era rico.  Saudades anos 90. 

  1. No Doubt - Don't Speak
  2. Radiohead - High & Dry
  3. The Cranberries - Linger
  4. U2 - One
  5. Alejandro Sanz - Corazón Partío
  6. 4 Non Blondes - What's Up
  7. Extreme - More Than Words
  8. Bryan Adams - (Everything I Do) I Do It For You
  9. Michael Jackson - Black or White
  10. Spice Girls - Wannabe
E pra finalizar, vem dar play que ainda tem um bônus track ♥


Sandy e Helen Quintans
@prontousei

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Joana leu: A mulher só, de Harold Robbins

Joana leu: A mulher só, de Harold Robbins
"A mulher só"
Harold Robbins
editora Círculo do Livro
459 páginas
"JeriLee Randall tem o grande sonho de vir a ser uma escritora famosa. Está, no entanto, convencida que para consegui-lo terá de deixar o marido e a sua família. decidida a lutar para alcançar os seus objetivos, dá início a uma vida dividida entre o jet-set de Hollywood e New York. Porém, nesta sua nova vida, o sexo, as bebidas e as drogas estão sempre presentes e fazem-na sentir-se cada vez mais sozinha. Com o tempo, acaba pro perceber  que a fama pode facilmente esfumar-se e os amigos podem desaparecer precisamente quando ela mais precisa."

Li esse livro quando eu tinha uns 11 ou 12 anos, não sei dizer como ele chegou até mim, mas me apaixonei pela estória, apesar da pouca idade. Depois disso, reli várias vezes, até que um dia ele sumiu da minha vida, da mesma forma como apareceu, mas eu nunca me esqueci dos detalhes da narrativa. Então, no ano passado resolvi procurá-lo e comprei um exemplar bem surrado e amarelado, exatamente como era o meu, inclusive com a mesma capa. O legal dessa releitura foi analisar a estória com um olhar mais experiente e perceber que, apesar de ter se passado tanto tempo, ela ainda me era familiar, pois, inconscientemente, eu sempre me lembrei de frases, personagens e situações do livro.

A protagonista é JeriLee Randall, que desde garotinha sonhava em ser escritora. Ela perdeu o pai muito cedo, e a mãe se casou com um banqueiro, que passou a ser a figura paterna para JeriLee e seu irmão. Ela tinha uma relação ótima com padrasto, ao contrário da mãe, com quem não conseguia manter um diálogo aberto. Essa falta de entendimento com a mãe lhe trazia grandes frustrações, principalmente na adolescência, quando ela não se sentia à vontade para compartilhar seus sentimentos, desejos e dúvidas com a mulher que deveria estar ao seu lado nesses momentos.

Ainda adolescente, JeriLee conhece um homem que se interessa por uma estória escrita por ela. Ele também é escritor e lhe dá alguns conselhos sobre a profissão. Então os dois ficam muito amigos e ela passa a se encontrar com ele regularmente para debaterem literatura.

Enquanto isso, ela vai descobrindo a sexualidade e o poder que tem sobre alguns garotos da cidade. Ela é extremamente sensual, mas, por mais que queira, não consegue se acertar com nenhum dos meninos, e, algumas vezes, acaba se envolvendo em confusões por causa disso, já que eles se aproveitam da confiança que ela deposita neles para tentar transar com ela.

JeriLee trabalha no clube da cidade durante as férias escolares e, numa noite tranquila, um dos garotos que estavam sempre por lá, se oferece para levá-la para casa. Ela aceita a carona mas acaba sendo levada para a casa dele, onde estão mais alguns meninos e meninas, já bêbados, fazendo uma festinha na piscina. Os meninos querem sexo, mas ela se recusa a fazer o que eles querem, e, por isso, acaba sendo violentada: eles batem nela, a queimam com um cigarro, rasgam suas roupas e tentam estuprá-la. A coisa só não fica pior por que um amigo de JeriLee que a viu saindo do clube com o rapaz, chega e a salva.

A partir daí, a vida dela e da família fica muito difícil pois, morando numa cidade muito pequena e cheia de pudores, ela fica mal falada e os familiares são apontados nas ruas. Ela vai ficando cada vez mais deprimida, afastada de tudo e com vergonha de encarar as pessoas, se culpando pelo que tinha acontecido. Então, como que para se salvar e fugir de tudo isso, ela se casa com o amigo escritor, que é bem mais velho que ela, e se muda para New York, acreditando que isso também será o primeiro passo para sua carreira de escritora deslanchar.

Sua vida fica realmente muito conturbada na nova cidade: ela continua escrevendo, e apenas uma de suas peças fez sucesso, mas só por ela ser esposa de um escritor famoso. JeriLee também tentou trabalhar como atriz, mas não conseguiu muito êxito. Quando ela se separa do marido, tudo começa a desmoronar.

JeriLee tenta sobreviver sem a ajuda financeira do ex-marido, mas não vende nenhuma estória e não consegue mais trabalho como atriz. Vai se envolvendo cada vez mais com os homens errados, que só a fazem sofrer, e nunca se sente realmente feliz. Ela começa a abusar de bebida e de remédios, além de, em alguns momentos, o autor fazer uma leve insinuação sobre o uso de drogas.

Os homens com quem ela se relaciona nunca a compreendem, então ela acaba se envolvendo com uma mulher; elas ficam juntas por algum tempo e JeriLee pensa que vai melhorar sua situação, já que a namorada é pessoa influente no meio artístico, mas a relação acaba se desgastando e elas também se separam.

Tudo vai dando errado e, num certo momento do livro, ela muda de nome e passa a ser Jane Randolph, uma dançarina erótica que trabalha nas piores boates de New York para tentar se manter. Os vícios, a essa altura, estão cada vez piores, e ela chega ao fundo do poço, perdendo a casa, o emprego e a dignidade. Esse alter-ego criado por ela acaba dominando sua vida e ela já nem se lembra de quem era e de como agia quando ainda era JeriLee.

JeriLee sempre buscou a felicidade a qualquer preço; queria ser uma escritora reconhecida e uma mulher amada e satisfeita, mas nunca conseguiu alcançar seus objetivos, vivendo durante muito tempo numa tristeza profunda e totalmente sozinha. Mesmo quando ela tinha alguém, ela se sentia só, desamparada e perdida, e nunca foi plenamente feliz. Até que, no pior momento de sua vida, um homem misterioso a ajudou e a tirou das ruas. Depois disso... bem, depois disso não posso revelar o que acontece, ou estaria estaria contando o final da estória.

O livro é bom, tem forte apelo sexual - se considerarmos a época em que foi escrito - e mostra um pouco como as mulheres foram, durante muito tempo, desvalorizadas profissionalmente e vistas apenas como esposas, mães ou prostitutas. 

O autor Harold Robbins tem muitos best-sellers nos Estados Unidos, e, nesse livro, fez uma crítica forte à sociedade da época, que levava mais em conta a aparência e a fama do que as qualidades de cada pessoa, principalmente, das mulheres. O romance pode ser perturbador em alguns momentos, mas é bem realista, e muito bem escrito. Para quem gosta desse tipo de literatura, recomendo. Para quem não gosta ou ainda não leu nada desse gênero, aconselho que comece a ler a série "Júlia", aquela que é vendida em bancas de jornal, para ir se acostumando com o estilo romance/tragédia.

Joana Masen
@joana_masen
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