“Winona Forever” foram as palavras que Johnny Depp tatuou em homenagem à, então namorada, Winona Ryder. De alguma forma estas duas palavras eternizaram o sentimento de uma geração que cresceu na década de 90 e assistindo “Edward, Mãos de Tesoura” – a obra prima de Tim Burton – e "Caindo na Real" – o retrato de uma geração despreocupada.
Não ficando pra trás em símbolos pra esta mesma geração, logo aparece “Garota, Interrompida”, aquele filme que a gente assiste na adolescência pra se identificar com um bando de loucos com atestado de loucura. Além de trazer as neuras e inseguranças, ainda temos Angelina Jolie versão rebelde, quase tão boa quanto a Jolie humanitária. Por esses dias, resolvi que queria ler o livro que deu origem ao filme, escrito por Susanna Kaysen, e assim, chegamos ao Cinematura da semana.
A história é baseada na própria vida da autora, que passou dois anos em um hospital psiquiátrico no fim da década de 1960, assim que completou 18 anos. A internação foi algo repentino e quase sem explicação, em que Susanna sentia um cansaço imenso e uma tristeza sem explicação. Ela própria julgou como uma interrupção, assim com o quadro de Vermeer, “Garota interrompida em sua música”. No hospital ela passa a conhecer dezenas de outras garotas adolescentes, assim como ela, cada uma com problemas como os dela, ou com situações piores.
Apesar de o livro ser a base de inspiração ao filme, julguei como duas histórias diferentes, principalmente porque a história contada na grande tela ser muito diferente da original. Os personagens principais são os mesmos, mas a importância dada no filme foi bastante diferente, assim como alguns casos que não acontecem na história do livro. A relação entre Susanna e Lisa é muito mais intensa no filme, enquanto na original passa um pouco mais superficial. O desenrolar também é completamente diferente.
É difícil comparar duas coisas diferentes, mas ainda prefiro a versão dada no filme. Achei que o livro é superficial em algumas partes, que por outro lado, tem uma temática interessante por si só, sem precisar de grandes recursos literários. O filme permanece como um símbolo da minha geração e vale cada minuto pelas magnificas interpretações.
Sandy Quintans
@sandyquintans
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