Hoje, quando decidi escrever esse post, pensei em desde quando eu gosto de música clássica. Não consegui achar uma data exata, o que me fez concluir que é desde de sempre, ou pelos menos desde quando me entendo por gente.
Na minha família não tem nenhum grande apreciador desse estilo, cresci ouvindo música popular ( que eu também amo demais). Então, meu interesse sempre foi solitário e uma das minhas frustrações na vida é não ter aprendido tocar piano ou violino. Depois de adulta, ganhei um acordeon do meu pai, comecei a fazer aulas de música e isso preencheu meu coraçãozinho carente de teoria musical(esse ano volto às aulas, eba!). Sim, sou daquelas que chora ouvindo Bach e Paganini.
Normalmente, as pessoas tendem a achar que música clássica é algo elitizado e que só quem é rico tem acesso. Em partes, isso é verdade. Porém, com o mundo inteiro disponível na internet, você pode assistir grandes concertos, aí, bem na sua frente, no conforto do seu lar. E se sua praia não for Beethoven, Mozart ou Tchaikovsky, vou te apresentar 3 músicos jovens que misturam música erudita e pop, que vão te fazer se apaixonar.
Lang Lang
Lang Lang é um astro.
Nasceu em uma família musical, na China, e começou a estudar piano aos 3 anos de idade. Conta-se por aí que o que o levou a estudar música foi um episódio de Tom & Jerry, onde o gato tenta executar Rapsódia Húngara n°2, de Liszt.
Ainda muito jovem, venceu vários concursos na China, Japão e Alemanha e aos 15 anos foi estudar no Curtis Institute of Music, nos EUA. Graças ao seu talento e à sua facilidade de comunicação com o público, principalmente com o jovens, Lan Lang atuou junto à importantes orquestras, como a Filarmônica de Viena e Berlim.
Os mais conservadores criticam sua execução de clássicos como os de Beethoven e Mozart, por exemplo. Acham que falta acabamento musical e que sua atuação beira a superficialidade. Eu particularmente, não concordo.
Adoro sua capacidade de atrair multidões para a música clássica e, embora muita gente se irrite com suas interpretações apelativas, acho que ele presta um grande serviço na divulgação desse estilo de música.
David Garrett
David Garrett, nasceu na Alemanha, filho de mãe bailarina e pai advogado. Seu irmão mais velho ganhou um violino e quem se interessou mais pelo instrumento foi David que, aos 4 anos, logo aprendeu a tocar. Um ano depois já ganhou o primeiro lugar numa competição.
Aos 7 começou a se apresentar e não parou mais de estudar. Em 99 se mudou para Nova York, para aprofundar seus conhecimentos na Juilliard. Pra bancar seus estudos, trabalhou na biblioteca da escola, num café, num bar e fez trabalhos como modelo. Sua dedicação e disciplina o acompanham desde sempre e David Garrett chega a praticar 13 horas por dia. Não, ele não é apenas um rostinho bonito.
O príncipe do violino aproxima a música clássica da popular, e não vê nada de errado nisso. Ele costuma citar que Bach e Beethoven costumavam trazer elementos populares para atrair o público. Embora seja bastante criticado pelos mais caretas, por seu repertório, o talento de Garrett é indiscutível. E assim como Lang Lang, ele presta um grande serviço para a música clássica atual.
Eu fui no show que ele fez em São Paulo, ano passado e foi maravilho (ele tocou Viva La Vida pra mim haha! ). Mal posso esperar por outra oportunidade de vê-lo tocar novamente.
2 Cellos
Esse duo musical é formado pelos violoncelistas esloveno-croatas Luka Sulic e Stjepan Hauser e tocam um estilo conhecido como Cello Rock.
Stjepan é filho de pai violoncelista e começou a tocar aos 8. Luka tinha 6 anos quando ouviu violoncelo pela primeira vez. Se apaixonou e mesmo sem ter ninguém musicista na família, decidiu aprender. Ambos começaram pelo repertório clássico.
Com o desejo de experimentar e atrair novas audiências, descobriram o rock e começaram a tocá-lo no cello. Gravaram um video com. Logo várias gravadoras entraram em contato. Inclusive, o Elton John ligou pessoalmente propondo uma parceria. Pronto, as portas da fama estavam abertas!
Com performances marcantes, 2 Cellos é um sucesso mundial. Nos shows, eles costumam disputar quem vai 'causar' mais no palco. É uma disputa amigável que torna a experiência ainda mais interessante para quem assiste.
Helen Quintans
@helenquintans
Leia Mais:http://cultura.estadao.com.br/noticias/musica,em-turne-pelo-brasil--david-garrett-vai-do-erudito-ao-popular-,1731602
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