terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Cinematura - E se eu ficar

O cinema é uma das coisas que rege a minha vida. Minhas músicas preferidas saíram de filmes, os livros preferidos também, até mesmo nas minhas roupas. E a principal razão pra eu ter desenvolvido essa minha paixão por ler livros que deram origens a filmes, é que gosto de ver detalhes de uma história que eu assisti e o que o cinema não conseguiu responder. Fazer o percurso contrário, quase nunca me decepciona, já que, em geral, o livro sempre é melhor que o filme.

Mas confesso, lendo If I Stay me fez pensar sobre essa história de assistir e depois ler, pois achei que atrapalhou minha experiência na hora de ler a obra de Gayle Forman. Veja bem, se eu tivesse assistido "A Culpa é das Estrelas" antes de passar por John Green, certamente não teria adorado tanto quanto gostei fazendo o caminho ~correto~. Além disso, existem histórias que o fator surpresa é essencial para o sucesso de uma obra, o que encaixa perfeitamente em  "E Se Eu Ficar" e "A Culpa é das Estrelas".

Apesar da minha relutância em ler livros que são muito badalados, tive minha ponta de curiosidade em assistir "E Se eu Ficar", porque eu adoro a Chloë Grace Moretz e senti uma pontada de vontade de assistir depois de ver o trailer. E foi o que eu fiz. Achei o roteiro muito bom, uma história tão bonita que supera a questão de gosto pessoal ou preferência de gênero. Há obras que superam pré-conceitos e este foi um caso desses.


Mia é uma adolescente que nasceu uma família jovem, em que o pai fazia parte de uma das principais bandas de punk rock da cidade e que tinha uma pequena turma de fãs. Mesmo tendo uma grande tendência de seguir o gênero musical, ela acaba se envolvendo com um improvável instrumento desde a infância: violoncelo. E justamente por causa dessa paixão fulminante pela música clássica, ela acaba conhecendo seu namorado, Adam, que é integrante de uma banda de indie rock que esta em ascensão.

Calma, não estou te contando a história inteira, juro que isso não é spoiler. Porque a história verdadeira é a de que Mia, sofre um terrível acidente de carro em um dia de neve, em que estava com seus pais e seu irmão mais novo. Após o acidente ela entra em coma, que a faz levar a responder a pergunta crucial: ficar ou não?  A partir daí ela vai contando diversas memórias, levantando prós e contras, falando do seu grande sonho de entrar Julliard, a incrível e conceituada escola de música.


Depois de ter assistido ao filme, com ótimo atores, uma trilha sonora incrível e um roteiro interessante, resolvi me render e ler ao livro. Mas conforme fui lendo, fui percebendo que por o longa ser extremamente fiel a história original, não me trazia novidades, o que foi se tornando chato. É aí que voltamos àquela historinha que comentei no início do texto: o caminho contrário não deu certo por aqui.


Independente de toda a minha trama pessoal, são obras que valem a pena. Apesar de ser uma história juvenil e de reboliço, é extremamente bonita e nos traz uma reflexão sobre escolhas, família e perdas. Às vezes precisamos de um momento de reflexão, e talvez, esta pode ser uma boa obra pra isso.


Sandy Quintans
@sandyquintans


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