terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Cinematura - Submarine

Trilhas sonoras não fazem sentido se você escutar sem  assistir ao filme. A música é um componente de algo maior, de uma coisa que só faz sentido combinada a outra coisa, como um quebra cabeça, principalmente quando ela foi criada especialmente para um filme. Ouvia ótimos comentários sobre a trilha sonora de Submarine e este era um daqueles filmes que fazem a cabeça da geração Tumblr. Nessa magnífica rede social, cheia de tesouros, adolescentes elevam alguns filmes a algo maior, a algo que faz parte de um estilo de vida. É exatamente isto que aconteceu com Submarine, uma obra prima com uma trilha sonora saída de forma maravilhosa do talento de Alex Turner, o vocalista da Arctic Monkeys. Depois de acompanhar esta ascensão, cheguei ao livro de Joe Dunthorne e que deu origem ao roteiro, o que nos leva ao Cinematura desta semana.

Submarine é uma história sobre Oliver Tate, um adolescente esquisito, mas não no sentido de ser um excluído. É sem dúvida alguém que está se descobrindo e que às vezes faz coisas esquisitas demais até pra quem é esquisito. Oliver ama as palavras, é um brilhante observador, por isso está sempre fazendo algo de forma muito bem pensada e calculada. O grande objetivo da vida de Oliver é salvar o casamento dos pais, por isso sempre observa se eles transaram na última noite (o que é esquisito), quando seu pai está deprimido e em como fazê-lo se sentir melhor, e coisas do tipo.


Um belo dia ele se envolve com sua primeira namorada, e quem sabe até, sua primeira paixão adolescente: Jordana Bevan. Jordana é uma menina também excêntrica, que gosta de tacar fogo nas coisas e que um dia chantageia Oliver, levando os dois a viver um romance por acidente. Demora um bom tempo para entendermos que eles realmente se gostam, pois, obviamente, é um romance esquisito.

Enquanto o filme é de uma melancolia bem pensada pelo diretor  Richard Ayoade e composta por uma trilha sonora com encaixe perfeito, o livro traz muitos detalhes, mas que nos faz demorar a entender os sentimentos de Oliver. Lembro que quando assisti o filme, apenas para ouvir a trilha (porque sou uma aficionada por trilhas sonoras), fiquei encantada com o romance dos dois e com a esquisitisse de Oliver. Já com o livro não senti esta atmosfera, embora tenha gostado de entender alguns detalhes sórdidos que passam desapercebidos com a versão cinematográfica.

É importante dizer que apesar de o livro ter dado origem ao roteiro, são duas histórias, quase que , completamente diferentes. Também não é difícil entender as escolhas de mudanças, visto que muitas coisas não teriam dado certo no cinema.  No entanto, considero duas obras muito boas, embora ainda prefira o filme (mesmo que eles passem todo o longa com as mesmas roupas).


E não deixe de dar o play:



Sandy Quintans
@sandyquintans

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