Quando eu estava entrando na adolescência meu pai me deu um livro muito legal, com capa rosa. Li em alguns dias aquele que prometia ser o diário de uma futura princesa. Fiquei encantada com a história da jovem Mia Thermopolis e logo eu estava caindo de amores pela versão cinematográfica da Disney. Quando vi, já havia emprestado todos os meus livros que eu tinha da série para minhas amigas e adorava ficar debatendo os detalhes da história (e olha que naquele tempo eram apenas cinco livros). Além de tudo ainda tinha um site muito maneiro em uma época em que quase nem entrávamos em sites. O primeiro Cinematura do ano é para falar sobre a minha primeira obsessão literária, a serie de Meg Cabot de O Diário da Princesa.
Muitas já devem ter assistido ao filme da Disney, que conta a história de uma garota que deveria ser comum, mas que é desengonçada demais para ser considerada comum. Mia sonha com o rei do baile, quer ser melhor amiga de Lana, mas é apenas uma garota sem muita sorte e conhecida por sua feiura. Um belo dia ela descobre que é a herdeira do trono de um pequeno país da Europa, a Genóvia. Daí em diante sua vida passa por uma transformação louca e tudo vira aventura.
Não sei se já disse, mas adoro qualquer coisa de transformação, seja reality show ou Betty A Feia: eu sou apaixonada. E essa minha queda por mudanças físicas nas pessoas, pode ter nascido das mãos de Meg Cabot. Lembro de ter ficado encantada com a possibilidade de que aquela jovem garotinha esquisita pudesse se tornar uma princesa um dia. E a ideia que mais me agradava era a de que Mia detestava se tornar uma princesa, ela gostava da vida que levava. Talvez precisasse de uma segunda olhada com a sua rotina de adolescente americana.
É claro que como grande parte das adaptações da Disney há muitos detalhes completamente diferentes da história original. Como por exemplo, o pai de Mia. No livro o futuro herdeiro está completamente vivo, com o detalhe de que teve câncer de próstata, enquanto no filme ele faleceu. É fato que poderia ficar horas listando as diferenças, mas eu aprendi a amar as versões da história de Mia.
Como fã da série, devo defender os livros de Meg Cabot, já que a Mia do livro tem um destino muito mais interessante do que o dado a ela no cinema, como pudemos ver no segundo filme. A Mia do livro é apaixonada por cultura pop e consegue manter sua essência ao decorrer dos onze livros, enquanto a Mia de Anne Hathaway não passou do segundo filme de uma história que não existiu nas mãos de Meg Cabot.
Sandy Quintans
@sandyquintans
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